Randolfe Rodrigues (Rede-AP) solicitou informações sobre os responsáveis por autorizarem a entrada de George Sousa em audiência nas dependências do Senado Federal em novembro.
Desde o último sábado (24), quando uma tentativa de atentado terrorista nos arredores do Aeroporto de Brasília foi frustrada pela Polícia Militar do Distrito Federal, não param de acontecer desdobramentos que buscam entender o modus operandi do bolsonarista paraense George Washington de Oliveira Sousa, de 54 anos, que confessou a autoria da ação criminosa.
Um dos pontos que faltam ser esclarecidos é se há alguma ligação entre o empresário, dono e sócio de diversas empresas no Pará e em outros estados brasileiros, com alguma liderança política da ala favorável ao presidente Jair Bolsonaro (PL).
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Um vídeo onde é possível ver o terrorista participando de uma audiência pública nas dependências do Senado Federal, em novembro, provocou reações em cadeia, principalmente para saber quem foram os responsáveis por autorizarem a entrada de George Sousa no Congresso Nacional.
Na esteira destes acontecimentos, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) encaminhou um ofício para o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), solicitando tais informações.
Randolfe também pediu esclarecimentos sobre uma possível visita de Sousa no gabinete de algum parlamentar no Senado após a audiência, que ocorreu em reunião extraordinária da Comissão de Transparência, Fiscalização e Controle da Casa, solicitada pelo senador Eduardo Girão (Podemos-CE), aliado de Bolsonaro.
“Nas imagens também foi identificada a presença do segundo suspeito de terrorismo, Alan Diego dos Santos Rodrigues, 32, que seria cúmplice de George”, afirmou, em nota divulgada pela assessoria.
“O Congresso Nacional, em hipótese alguma, pode ser abrigo para terroristas. Isso é um absurdo sem precedentes. Precisamos dar uma resposta ao povo e mostrar que a Casa de leis não é conivente, de forma alguma, com esses criminosos”, declarou o senador.
MEDIDAS DE SEGURANÇA
Na última segunda-feira (26), como medida de segurança após a ameaça terrorista, o Senado Federal decidiu proibir a entrada de visitantes até a posse de Lula, em 1º de janeiro. A Secretaria de Polícia da Casa divulgou um comunicado em que cita a necessidade de reforço na segurança da Praça dos Três Poderes “diante dos últimos acontecimentos”.
Pelas regras do Senado, visitantes só podem entrar com autorização direta dos gabinetes, das comissões ou da Presidência.
As medidas adotadas, que valem durante toda a semana que antecede a posse, incluem a obrigatoriedade de servidores, funcionários terceirizados e prestadores de serviços passarem por raio X e detectores de metais antes de entrar nas dependências do Senado.
Além de visitantes, também ficarão proibidos de acessar a Casa entregadores de alimentos e motoristas de aplicativos. As entregas e os desembarques de passageiros deverão ser feitos na área externa do Congresso.
Também não será permitida a entrada de correntistas que não trabalhem no Senado nas agências bancárias localizadas na Casa. “Apenas senadores, servidores, profissionais terceirizados e estagiários poderão utilizá-las”, diz o comunicado.
Fonte: DOL