Conselho vai garantir gestão participativa e desenvolvimento socioeconômico na Flona Trairão

Reunião de reativação do Conselho Gestor da Floresta Nacional (Flona) Trairão ocorreu na última segunda-feira, 17
Foto/divulgação: assessoria

Membros de instituições governamentais e da sociedade civil participaram no dia 17 de abril da reunião de reativação do Conselho Gestor da Floresta Nacional (Flona) Trairão. A iniciativa demandada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) – Unidade Especial Avançada (UNA), conta com apoio do Projeto Tapajós Sustentável e Resiliente da Conservação Internacional (CI-Brasil), financiado pelo BNDES com recursos do Fundo Amazônia.

Um Conselho Gestor é um grupo formado por representantes de diversos setores da sociedade, incluindo organizações governamentais e não governamentais, comunidades locais e populações tradicionais, além de especialistas em áreas relacionadas à gestão ambiental. Esses representantes trabalham juntos para definir as diretrizes e prioridades para a gestão da Unidade de Conservação, levando em consideração a preservação da biodiversidade, o uso sustentável dos recursos naturais e o desenvolvimento socioeconômico do território.

A Flona do Trairão foi criada em fevereiro de 2006,com uma área abrangente de 257.482 hectares, situada no Oeste do Pará. O primeiro Conselho Consultivo foi estabelecido em 2009, no entanto, mesmo consolidado as atividades acabaram estagnadas com o passar dos anos. A reunião de reativação visou esclarecer como ocorre o processo de colaboração, as regras de funcionamento da Unidade de Conservação, atividades permitidas e questões relacionadas a legislação ambiental, conforme explicou o analista ambiental do ICMbio Mário Neto.

“Esse processo de reativação é muito importante para sensibilizar e mobilizar a sociedade civil e as entidades públicas e mostrar o potencial de exploração dos recursos florestais madeireiros e não madeireiros de forma sustentável. No entanto, para que isso aconteça o conselho precisa estar ativo para a construção do plano de ação. Com aconsolidação, iremos propor projetos de recuperação nas áreas degradadas da Flona que poderão ser ocupadas com sistemas agroflorestais com cacau, cupuaçu, andiroba e cumaru. Essa floresta produtiva já sofreu muito com o desmatamento nos últimos anos e a nossa ideia é torná-la atrativa para a sociedade, não apenas pela beleza cênica, mas também pela cadeia produtiva que ela pode fornecer para a região”.

Divulgação

Ao promover a participação da comunidade local e de outros setores interessados na gestão da Floresta Nacional, o Conselho Gestor ajuda a garantir a transparência e a responsabilidade na tomada de decisões. Além disso, a participação das comunidades locais na gestão da floresta, incentivaa adoção de práticas sustentáveis de uso da terra e dos recursos naturais, contribuindo para a conservação da biodiversidade e para a melhoria da qualidade de vida das populações que dependem desses recursos.

O Projeto Tapajós Sustentável e Resiliente desde 2018 vem corroborando nas ações mitigadoras às sensibilidades de cunho social, ambiental e econômicas, ligadas aos instrumentos de gestão das Unidades de Conservação. A retomada no Conselho Gestor de Trairão, terá um papel primordial no desenvolvimento das atividades ligadas ao fomento das cadeias produtivas da Flona, conforme explicou a coordenadora de projetos da CI-Brasil, Maria Farias.

“Consideramos a reativação do Conselho Gestor do Trairão, um grande avanço para a região, com total legitimidade e influência nas discussões e propositivas, principalmente nas temáticas socioambientais e econômicas da Unidade de Conservação. Além do mais, o Conselho é um instrumento de gestão com a participação das comunidades e sociedade em geral, grupos quevivenciam a realidade local e as demandas da Flona. Nesse processo participativo, as tomadas de decisões podem impactar em mudanças significativas para melhoria de vida das pessoas e do meio ambiente”.

O Fundo Amazônia tem por finalidade captar doações para investimentos não reembolsáveis em ações de prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento, e de promoção da conservação e do uso sustentável da Amazônia Legal. Também apoia o desenvolvimento de sistemas de monitoramento e controle do desmatamento no restante do Brasil e em outros países tropicais.

Sobre a Conservação Internacional (CI-Brasil)

A Conservação Internacional usa ciência, política e parcerias para proteger a natureza da qual as pessoas dependem para obter alimentos, água doce e meios de subsistência. Desde 1990 no Brasil, a Conservação Internacional trabalha em mais de 30 países em seis continentes para garantir um planeta saudável e próspero, que sustenta a todos. Mais informações: www.conservacao.org.br

Com informações da assessoria