Sargento PM Gildson, acusado de matar uma mulher e de 5 tentativas de homicídio vai a júri popular

Gildson dos Santos Soares que confessou ter feito os disparos que mataram Sônia da Silva Viana em 2018, está em liberdade e ainda pode recorrer; Relembre o caso.
Sargento Gildson Soares, do GTO, alegou legítima defesa em depoimento na Seccional de Polícia Civil — Foto: Reprodução/Redes Sociais

Em decisão tomada nesta segunda-feira (24), pelo juiz titular da 3ª Vara Criminal, privativa do Tribunal do Júri de Santarém, oeste do Pará, o sargento PM Gilson dos Santos Soares foi pronunciado e deve enfrentar o júri popular por um homicídio qualificado e 5 tentativas de homicídio que ocorreram no dia 28 de junho de 2018.

De acordo com informações do G1 Santarém, em sua decisão, o juiz Gabriel Veloso de Araújo observa que o réu Gildson Soares está respondendo ao processo em liberdade por força de um Habeas Corpus, que ele ainda pode recorrer da decisão, e que as medidas cautelares impostas a ele continuam valendo.

“Julgo procedente a denúncia apresentada pelo Ministério Público, para, nos moldes do artigo 413, do Código de Processo Penal pronunciar o réu Gildson dos Santos Soares pelo delito de homicídio qualificado por motivo torpe e meio que dificultou a defesa da vítima em relação a Sônia da Silva Viana em concurso material (CP, artigo 69) com 5 tentativas de homicídios qualificados (CP, artigo 121, §2º, incisos I e IV c/c artigo 14, inciso II) tendo como vítimas Gabriel Pereira Capucho, Glenda Cássia Viana Ferreira, Lucas Douglas Viana Ferreira, Carla Caroline Barboza Aiezza e Carlisson Almeida Ferreira”, decidiu o juiz Gabriel Veloso.

De acordo com a denúncia, por volta de 15h30 do dia 28 de junho de 2018, na Avenida Angelim, com a rua Cedro, bairro santarenzinho, Gildson disparou vários tiros de pistola .40 em um veículo onde estava Sônia, o marido dela, um amigo e filhos do casal. O crime teria sido motivado por disputa de terrenos na ocupação do Juá.

As vítimas que sobreviveram aos tiros contaram à polícia que estavam na ocupação do Juá naquele dia e quando retornavam para casa perceberam que estavam sendo seguidas por uma homem em uma moto, que foi identificado depois como sendo o sargento Gildson. Em dado momento, pararam o carro e o marido de Sônia e mais três pessoas desceram do carro e teriam questionado o sargento sobre o motivo de estarem sendo perseguidos. Depois retornaram para o carro e Gildson também teria saído do local. Porém, mais na frente apareceu novamente, dessa vez, atirando.

Sônia que estava no banco de trás do carro foi atingida por dois disparos nas costas e morreu ainda no local. Já Gabriel foi atingido por 3 disparos, sofrendo lesões na cabeça e nas costas. A vítima Glenda, adolescente de apenas 14 anos à época, foi atingida com 2 disparos, sendo 1 na região do braço esquerdo e 1 na região das costas, e Lucas foi atingido com 1 tiro na região próxima à cintura.

Quando se apresentou à polícia, Gildson disse que atirou porque um dos ocupantes do veículo teria apontado uma arma em sua direção.

Fonte: G1 Santarém