O Pará já registrou mais de 53 mil casos da Covid-19 com mais de três mil mortes.
Na última sexta-feira, 5, a 5ª Vara da Justiça Federal homologou uma ação que obriga o Governo do Pará a divulgar os estudos feito por instituições renomadas que justifiquem a decisão de flexibilização das medidas de isolamento social que autorizaram a reabertura do centro comercial e dos shoppings de Belém.
O Pará já registrou mais de 53 mil casos da Covid-19 com mais de três mil mortes. E desde a última semana, por meio de um decreto assinado pelo governador do estado, a atividade econômica da capital paraense foi reaberta, o que pode ocasionar um aumento dos casos do novo coronavírus nas próximas semanas.
A decisão da Justiça prevê ainda que o Estado deverá registrar em ata e disponibilizar na internet as reuniões do Comitê Técnico Assessor, que foi montado para auxiliar no plano de contingência. Além disso, UFPA, UEPA e UFRA deverão ser chamadas para participar formalmente do comitê.
Para embasar a reabertura do centro comercial de Belém, o governo do estado usou como base um estudo feito pela UFRA e pela UFPA que dizia haver uma estabilidade dos casos da Covid-19 na Região Metropolitana de Belém.
Porém, no último dia 2 de junho, a Universidade Federal do Pará divulgou nota dizendo que não tinha participado do estudo, que era de autoria exclusiva da UFRA.
“O relatório mencionado é de responsabilidade institucional apenas da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), não dá UFPA, ainda que tenha contado com a participação de docentes da UFPA, que atuaram com independência no estudo”, disse a Universidade.
Além disso, o governo do Pará adotou um novo modelo de divulgação dos dados da Covid-19 no estado. Agora, os números foram divididos entre os que aconteceram nas últimas 24 horas e os que as prefeituras municipais teriam esquecido de notificar em dias/semanas anteriores. Medida esta que visa justificar a decisão pelo afrouxamento do isolamento social.
A reabertura do comércio de Belém levou centenas de pessoas às ruas na última semana. As medidas de distanciamento e de higienização para prevenir do contágio pelo novo coronavírus não foram respeitadas pela população.
Fonte: Roma News