O objetivo de ouvir as partes interessadas e coletar informações, diante dos dados relacionados aos impactos do tráfego de caminhões e carretas de grande porte ao meio ambiente urbano
Na quarta-feira (28), foi realizada no auditório da Promotoria de Justiça de Santarém, audiência pública para tratar da circulação de veículos pesados na zona urbana de Santarém. Cerca de 250 pessoas participaram da audiência, que contou com representações do poder público, comunitários, sindicatos, associações, representantes de empresas, caminhoneiros e sociedade civil.
A audiência foi realizada no âmbito de procedimento administrativo instaurado pela 13ª Promotoria de Justiça do Meio Ambiente, por meio da titular Lílian Braga, que presidiu o evento e destacou o objetivo de ouvir as partes interessadas e coletar informações, diante dos dados relacionados aos impactos do tráfego de caminhões e carretas de grande porte ao meio ambiente urbano, como danos ao asfaltamento, à fiação elétrica, acidentes, poluição e outros.
“Além de ouvir o poder público e instituições, queremos ouvir principalmente a comunidade. Nossa preocupação é entender qual o problema, quem é afetado e como, qual o nível de afetação, e a partir dessa informação qualificada vinda da comunidade, que a gente possa dialogar com as autoridades responsáveis pelo fluxo do trânsito e pela organização da atividade”, destacou a promotora.
Participaram da mesa o Procurador da República do Ministério Público Federal, Vitor Vieira; os secretários municipais João Paiva, do Meio Ambiente, Jean Murilo Marques, de Urbanização e Serviços, e Adelcinei Queiroz, de Mobilidade e Trânsito; o representante da Polícia Rodoviária Federal, Sidmar Oliveira; a presidente da Federação das Associações de Moradores e Organizações Comunitárias de Santarém (Famcos), Cláudia Santana, e o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Santarém, Alexandre Chaves. Dentro de suas atribuições, os representantes falaram sobre o tema da audiência, com informações e sugestões.
Foram ouvidas as contribuições da plateia, com informações, denúncias e sugestões sobre o tema, todas registradas, que serão analisadas e encaminhadas pela promotoria. Participaram representantes de empresas de transporte, caminhoneiros, moradores de bairros e ruas com grande circulação de carretas, e integrantes de organizações da sociedade civil. Manoel Batista, presidente da associação dos moradores do bairro do Maracanã, ressaltou que no bairro a circulação das carretas “trouxe perturbação no sentido tanto social quanto ambiental e de infraestrutura, principalmente porque as ruas não estão preparadas para esse tipo de transporte pesado”.
Para a promotora de Justiça Lilian Braga, a audiência pública foi exitosa, sendo um passo importante para a busca de soluções que possam adequar a atividade e melhorar a vida de todos. “Tivemos muitas sugestões, que subsidiarão o poder público que já estava à mesa para ouvir e vão instrumentalizar o procedimento que eu tenho, e que vamos dar encaminhamentos a partir daqui. A prefeitura disse que tem um estudo. Esse estudo vai ser completado ? Quando a população vai ter acesso a essas informações? Então nosso trabalho começa daquilo que a lei já determina, e as outras coisas serão decorrentes do que a gente conseguir de avanço”, concluiu.
Assessoria de Comunicação MPPA