Em Santarém, Câmara de vereadores volta às sessões presenciais, com cobrança

Vereador do PV cobrou o prefeito Nélio Aguiar pela demora na conclusão dos serviços de reforma da urgência e emergência do Hospital Municipal. 
Vereador Valdir Matias usou a tribuna para cobrar conclusão da reforma do Hospital Municipal

A Câmara de Vereadores de Santarém retomou as sessões ordinárias presenciais nesta quarta-feira (24), depois de quase 90 dias de suspensão das atividades parlamentares devido à pandemia do novo coronavírus e em cumprimento ao distanciamento social. O Poder Legislativo, desde maio, estava realizando sessões remotas.

De volta à tribuna da Casa, o vereador Valdir Matias Jr. (PV), cobrou o prefeito Nélio Aguiar pela demora na conclusão dos serviços de reforma da urgência e emergência do Hospital Municipal. A obra está praticamente parada e sem previsão de quando será entregue. Os trabalhos coincidiram com o período da pandemia e a demora acabou prejudicando o serviço de saúde pública do município, sobretudo no atendimento aos pacientes graves, que diariamente procuram o HMS. A Unidade de Pronto Atendimento (UPA 24 Horas), passou a receber todos os casos de baixa e alta complexidade do município, além de receber também os casos de pacientes com suspeita da Covid-19.

O líder do bloco PV/PSDB na Câmara afirmou que não há nenhuma preocupação nem do prefeito Nélio Aguiar e nem da secretária municipal de Saúde, Dayane Lima, em priorizar essa obra e muito menos em cobrar pressa da empresa responsável pelos trabalhos, a sua imediata conclusão.

Valdir Matias Jr. lamentou pelas 200 vítimas da Covid em Santarém e criticou a gestão municipal por não ter fortalecido as unidades básicas de saúde nos bairros, obrigando muitas vezes, os moradores a se deslocarem para outros locais em busca de atendimento médico. “As pessoas foram obrigadas a sair de casa, se aglomerar em espaços que não são adequados para receber serviços de saúde, como as escolas. A Prefeitura não priorizou a saúde básica nesta pandemia. Enquanto muitos gestores deram total atenção e prioridade para a saúde, aqui em Santarém, houve relaxamento, que resultou no aumento dos casos do coronavírus e nas mortes pela doença em nosso município”, disse.

Segundo ele, não tem cabimento, uma cidade do porte de Santarém, com mais de 300 mil habitantes, direcionar a população para ser atendida em uma única UPA 24 horas, que não é uma unidade de alta complexidade para atender como unidade de urgência e emergência.

“O prefeito deve cobrar pressa na conclusão dessa obra para que o HMS volte a atender a população de Santarém e do oeste do Pará. Mas enquanto isso não acontece, cirurgias de alta complexidade estão suspensas, adiadas ou foram canceladas. O prefeito não fortaleceu as estratégias nas UBS e isso também afetou a vida de quem precisa do serviço público de saúde”, disse Valdir Matias Jr.

O acesso ao plenário da Câmara ficou restrito aos servidores essenciais à realização dos trabalhos parlamentares e aos vereadores. Houve total atenção com a higienização de equipamentos antes e depois das atividades plenárias. O uso de máscara segue obrigatório, bem como o distanciamento social também.

Assessoria