Em Santarém, workshop debate estratégias da bioeconomia para a cadeia produtiva de mandioca

Programação é uma parceria da Sedap com a Ufopa, Faepa, Embrapa e Ministério da Agricultura e reúne, até esta terça-feira, representantes de instituições governamentais e de pesquisa para dialogar e compartilhar conhecimentos
Foto: Divulgação

Pesquisadores, professores, instituições públicas, organizações e produtores que atuam na temática da mandioca estão reunidos, desde a manhã desta segunda-feira (13), em Santarém, na Região de Integração do Baixo Amazonas, para compartilhar conhecimentos associados à tradicional cultura alimentar. A programação denominada de “ I  Workshop sobre estratégias bioeconômicas para a cadeia produtiva da mandioca no Oeste do Pará” é uma realização conjunta da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap) com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

Além das duas instituições, o encontro de trabalho, que será encerrado nesta terça-feira (14), conta com a parceria da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa), da Embrapa – Amazônia Oriental e da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa).  A programação foi aberta com uma mesa redonda sobre o mapeamento e experiências do setor produtivo no território, tendo como moderadora a engenheira agrônoma da Sedap, Heloísa Figueiredo, que coordena a cadeia da mandiocultura na instituição. 

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As transformações expressivas às quais a mandioca vem passando ao longo dos últimos anos são uma das abordagens debatidas ao longo dia nos painéis do workshop. O evento, como ressaltou Heloísa Figueiredo,  tem como objetivo levantar quais as inovações tecnológicas dentro da cadeia e discutir quais são os seus desafios. Três pesquisadores da Embrapa participam da programação, sendo dois da mandioca e da fruticultura que atuam em Cruz das Almas, na Bahia e outro da Embrapa Amazônia Oriental(Belém). Também participam especialistas da Adepará que explanam sobre as normas e desafios aos produtos gerados com a industrialização da mandioca, como a farinha e tucupi, farinha de tapioca, entre outros derivados. O Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater)e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural(Senar) de Santarém também participam da programação, apresentando quais as experiências e desafios junto ao pequeno produtor.

A Sedap vem promovendo, também, segundo destacou a engenheira agrônoma, uma série de ações que visam o desenvolvimento da cadeia. Não apenas atuando diretamente com o fomento aos  agricultores, mas sobretudo através do diálogo com diversas instituições públicas e privadas voltadas ao setor produtivo, como complementou Heloísa Figueiredo.  

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 Maniva- Um dos temas apresentados no primeiro dia de programação foi o “Maniva Tapajós, que mostrou os benefícios repassados aos agricultores atendidos pela ação que completa este ano dez anos de prática.  O projeto Maniva Tapajós já beneficiou os agricultores da região com o repasse de mais de 50 mil unidades de maniva-sementes pela Sedap. ” A finalidade é que esse material seja também multiplicado aos pequenos agricultores e produtores aqui na região Oeste do Pará, seis municípios já foram atendidos através desse programa e o projeto já está sendo ampliado para mais quatro, com mais 50 mil maniva-sementes que a Sedap está aportando para o trabalho de melhoramento do material genético a fim de que o produtor possa receber um material resistente à praga e maior produtividade para incrementar o trabalho da região”, segundo explicou a engenheira agrônoma. 

 Durante a participação na programação pela parte da tarde, a engenheira agrônoma da secretaria apresentou as  ações do programa da cadeia da mandiocultura tanto da parte de implementação de casas de farinha como também o de melhoramento genético da mandioca.

Ainda sobre a aquisição de sementes geneticamente modificadas , a engenheira agrônoma complementou que foram investidos  mais de R$ 5 milhões na aquisição e distribuição para diversos municípios do Estado.

“Esse material genético desenvolvido pela Embrapa é resistente às principais pragas da mandioca na região, em especial à podridão da raiz; a secretaria tem investido pesadamente na aquisição e distribuição desse material para as secretarias municipais de agricultura”, esmiuçou Heloísa Figueiredo.

Avanços, desafios e perspectivas na produção de material de plantio de mandioca e o estabelecimento de normas e padrões para material propagativo de mandioca, seus desafios e perspectivas foram alguns dos temas debatidos também nesta segunda-feira. 

O I  Workshop sobre estratégias bioeconômicas para a cadeia produtiva da mandioca será encerrado com a visita  à área do produtor de mandioca, Rainero da Costa, na Comunidade São Raimundo do Mojú, no município de Mojuí dos Campos.

A Sedap está representada na programação também pelo coordenador da Regional de Santarém, Rodrigo Maia. Participam, ainda, a reitora da Ufopa, Aldenize Xavier, além da representação da secretaria regional do governo em Santarém, entre outros. 

Agência Pará