Corpo de Bombeiros Militar do Pará treina cães para ocorrências de busca, salvamento e resgate

Logan e Luther, de três meses, estão sendo adestrados para as especialidades de varredura de área e buscas de vítimas
Foto: Pedro Guerreiro / Ag. Pará

A chegada dos cães Logan e Luther, de três meses, da raça Pastor de Malinois, movimenta a rotina dos treinadores que integram da equipe do canil do Comando Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Pará, em Belém. 

“Por terem os sentidos bem apurados, os cães conseguem otimizar a ocorrência de forma mais rápida, nos auxiliando a encontrar pessoas que estão sofrendo. É a vida que está em jogo. Nos agrega muito valor e quem ganha com isso é a sociedade. Cria-se um vínculo no Brasil e no mundo. Podemos ajudar outras corporações”, ressalta o sargento Fagner Xavier, responsável pelo adestramento do cão Logan.

Treinamento – Aos poucos, os filhotes vão sendo adestrados para as especialidades de varredura de área e buscas de vítimas. Utilizada especialmente por forças policiais, a raça se destaca por ser obediente, facilmente educada e leal à sua família. As técnicas de treinamento são aplicadas diariamente. O trabalho exige dedicação, disciplina e muita paciência do oficial responsável. 

“A previsão para que um cão fique pronto é de um ano e meio a dois anos de treinamento, para que o binômio homem-cão passe por uma prova de certificação. Essa prova quem faz é a Liga Nacional dos Bombeiros. Aí o binômio recebe uma chancela dizendo que está pronto para o trabalho”, explica a médica veterinária e 3ª sargento do Corpo de Bombeiros, Graça Inêz de Holanda. 

Aos comandos da treinadora, a cadela Raya, de um ano, da raça Rastreador-brasileiro, está sendo adestrada há nove meses para busca de odores específicos, especialmente em área de mata e de difícil acesso. O bom desempenho do animal utilizado para caça, vai somar ao serviço dos outros cães da corporação. 

“É um trabalho que exige muita renúncia porque é um indivíduo. A nossa filosofia de trabalho é aquela que não deixa o cão morando no canil, ele mora com a gente em casa. Então, de certa forma, eles fazem parte da família. Não é um pet, eles são nossos companheiros de trabalho”, pontua a militar.

Investimento – Projetado para receber cinco cães, o canil do Corpo de Bombeiros Militar reforça o planejamento estrutural da Corporação para ações efetivas que melhorem o serviço prestado à população paraense.

“A chegada dos cães soma, eles são de raças muito boas para a atividade, são cães muito resistentes, inteligentes e que se adaptam muito bem ao nosso ambiente. “É um avanço muito grande. Nós já estamos a frente de muitos estados que já estão há mais tempo com essa atividade”, comemora a sargento Inêz.

Agência Pará