Pará sedia na Amazônia lançamento da campanha de prevenção e combate à malária

Uma das regiões com maior número de casos, o Norte do Brasil receberá estratégias de erradicação da malária
O evento foi realizado pela primeira vez na Amazônia, região com ampla incidência de malária Foto: José Pantoja / Ascom SESPA

No Dia Mundial de Combate à Malária – 25 de Abril, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), por meio da Coordenação Estadual de Combate à Malária, participou do lançamento da campanha de prevenção e combate à doença, realizada pelo Ministério da Saúde.

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Com o tema “O combate à malária acontece com a participação de todos: cidadãos, comunidade e governo”, o evento foi realizado no auditório do Centro Nacional de Primatas, em Ananindeua (Região Metropolitana de Belém), e ocorre pela primeira vez na região amazônica, que tem como prioridade o combate à doença.  O objetivo da ação é discutir estratégias de combate e erradicação da malária. 

Secretário Rômulo Rodovalho (esq.) ao lado de outros participantes do lançamento da campanhaFoto: José Pantoja / Ascom SESPAO titular da Sespa, Rômulo Rodovalho, ressaltou a satisfação em participar do evento e poder discutir medidas que possam contribuir com a diminuição e eliminação da doença. “O Estado do Pará, pela sua extensão territorial, suas grandezas e riquezas, já é um grande desafio. A malária representa um grande problema de saúde. A Região Norte é uma das mais assoladas pela doença. Não tem lugar melhor pra discutir a questão hoje. Infelizmente, estamos entre os primeiros colocados no número de casos de malária. Dos 144 municípios do Estado, a doença se concentra em 10, mas a Sespa trabalha em parceria com o Ministério da Saúde, que está retomando o Programa Nacional de Combate à Malária, e terá a Sespa como parceira. As ações estão sendo elaboradas e, posteriormente, serão executadas pela coordenação junto aos municípios”, destacou Rômulo Rodovalho.

Secretário Rômulo Rodovalho (esq.) ao lado de outros participantes do lançamento da campanhaFoto: José Pantoja / Ascom SESPA

Diagnóstico e tratamento – A secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde (SVSA/MS), Ethel Maciel, explicou que uma das dificuldades enfrentadas é o acesso aos diagnósticos, principalmente em regiões mais remotas. Outro problema seria o acesso a equipamentos de saúde. A secretária acredita que a aquisição e distribuição de testes rápidos para diagnosticar a doença, além da incorporação de novos medicamentos, com um tempo menor de tratamento e efeitos colaterais, vão contribuir de forma efetiva no combate à malária.

Foto: José Pantoja / Ascom SESPA

Foto: José Pantoja / Ascom SESPA“A distribuição de testes rápidos é muito importante, pois não precisam de muitos equipamentos para serem feitos em regiões mais remotas. A incorporação de novos medicamentos, com menos efeitos adversos e menor duração de tratamento, pode curar mais rápido as pessoas. A ideia de instituir diagnóstico mais rápido e tratamento mais efetivo é para que a gente possa melhorar nessas regiões de mais difícil acesso, e onde se concentram o maior número de casos”, frisou Ethel Maciel.

Para a diretora de Vigilância em Saúde da Sespa, Alessandra Bentes, a realização do evento em Belém, na região amazônica, significa grande apoio e visibilidade que o Ministério da Saúde vem dando para trabalhar a erradicação da doença. “Sendo a Amazônia o local onde está concentrado o maior número de casos, poder discutir o assunto aqui, estar aqui, receber o apoio do Ministério da Saúde para trabalhar no combate e erradicação, é muito importante. O Estado tem um trabalho fortalecido no combate à doença junto aos municípios, com o objetivo de eliminar a doença”, explicou Alessandra Bentes.

Transmissão – A malária é uma doença infecciosa, causada por parasita do gênero Plasmodium. É transmitida pela picada da fêmea do mosquito Anopheles, também conhecido como carapanã, muriçoca, sovela, mosquito-prego e bicuda. A presença do mosquito é mais abundante ao entardecer e amanhecer, mas também são encontrados durante todo o período noturno.

A principal forma de combater a malária é com diagnóstico oportuno e tratamento completo. Quem tem malária uma vez não fica imune, e pode ser infectado novamente. Grávidas, crianças e pessoas que já contraíram a doença estão mais sujeitas a ter a forma grave.

A malária pode se manifestar de forma aguda ou crônica. Os sintomas mais comuns são: febre alta, calafrios, dores de cabeça e no corpo. Nos casos considerados mais graves, o paciente pode apresentar também anemia, e ter afetados órgãos como rins, pulmão e cérebro, podendo levar o paciente à morte.

Todos os medicamentos para tratamento de malária estão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS). Para o diagnóstico, o Ministério da Saúde distribuiu 171,9 mil testes.

Texto: Tatiane Freitas – Ascom/Sespa

Agência Pará