Operação Opala, da Polícia Federal cumpre mandados contra prefeitura de Vitória do Xingu e Altamira

Suspeita é de fraudes em licitação para superaquisição de combustível
Foto: Comunicação PF

A Polícia Federal cumpriu nesta sexta-feira (26), seis mandados de busca e apreensão nos municípios de Vitória do Xingu e Altamira, no sudoeste paraense. A ação faz parte da Operação Opala, em conjunto com o Ministério Público Estadual, para combater suspeitas de fraudes em licitação e superfaturamento na compra de combustíveis em Vitória do Xingu.

As investigações, iniciadas ano passado, constataram que a prefeitura gastou mais de R$ 20 milhões em combustíveis, em 2021 e 2022. Isso é o dobro do gasto em Altamira, município vizinho que tem população sete vezes superior e área 50 vezes maior.

A análise de procedimentos licitatórios vinculados ao município constatou irregularidades na habilitação da empresa envolvida na fraude, restrição de competitividade, superfaturamento de preços e esquema fraudulento de notas pagas pela prefeitura. O posto que venceu a licitação para fornecer combustível à prefeitura de Vitória do Xingu pertence à família do próprio prefeito. A empresa venceu o certame oferecendo o menor valor, mas duas semanas depois, aumentou o preço do litro a ser vendido à prefeitura.

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Além disso, o valor contratado pela prefeitura junto à empresa daria para abastecer três vezes todos os veículos do município, incluindo os carros particulares. Daí o nome de Operação Opala, em referência ao veículo, conhecido por ter consumo de combustível bem acima da média.

O cumprimento dos mandados judiciais busca cessar a suposta prática delitiva, identificar o destino dos valores, recuperar o patrimônio lapidado e responsabilizar criminalmente os autores. Em caso de condenação pela Justiça, a pena pode chegar a 19 anos de prisão, além da responsabilidade administrativa, perda da função pública e ressarcimento do dano causado.

Portal RDN, com informações da PF