Equipe de Enfermagem recebe atualização em treinamento para acolhimento por acidente de animais peçonhentos

Nos últimos seis meses a Unidade Santarém atendeu 218 pessoas por animais peçonhentos.
Foto/divulgação: Ascom HMS

Os enfermeiros e técnicos de enfermagem do Hospital Municipal de Santarém Dr. Alberto Tolentino Sotelo (HMS) receberam uma capacitação do Núcleo de Vigilância Epidemiologia Hospitalar (NVEH), com objetivo de atualizar a equipe sobre a identificação e manejo dos acidentes ofídicos. O HMS é referência no oeste do Pará nesse modelo de acolhimento, o NVEH já é credenciado e reconhecido pelo Ministério da Saúde. Nos últimos seis meses a Unidade atendeu 218 pessoas por animais peçonhentos.

Na oportunidade, cerca de 40 profissionais participaram do treinamento, em uma sala na Unidade. A equipe do NVEH atua dentro do Hospital e é responsável por notificar os pacientes com perfil epidemiológico. Segundo a enfermeira, Miza de Assunção, a ação faz parte do cronograma de treinamentos do ano de 2021, e viu-se a necessidade de atualizar sobre esse tema. “Foram dois dias de treinamentos, reforçamos sobre a notificação e as respostas do paciente como, por exemplo, local do acidente, tipo de animal. As informações iniciais são essenciais”, afirmou.

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No mês de julho a urgência e emergência do PSM receberam 26 pacientes que precisaram ser internados e receberam o soro antiofídico. A faixa etária mais acometida é entre 15-29 anos, que corresponde ao grupo etário onde se concentra a força de trabalho. Além disso, a prevalência no sexo masculino é de 70%. Os membros inferiores os locais mais atingidos pelas picadas, seguido pelos membros superiores, com índices de 70% e 15%, respectivamente.

De acordo com o diretor técnico do HMS, Dr. Vinicius Savino, muitas vezes, os locais onde ocorrem esses acidentes estão muito distantes do centro de Santarém, e segundo ele, ter uma equipe bem alinhada é fundamental.

“Às vezes esse paciente, que é picado, demora muitas horas, e às vezes dias, para chegar ao hospital. E quando ele chega, é importante que ele tenha uma equipe que conheça bem como manejar esse caso. Muitas vezes esse paciente já está grave, com insuficiência renal, hemorragia e precisa de toda retaguarda clínica até a alta”, finalizou o diretor.

Ascom HMS/UPA 24h