Mulheres do bairro Pérola do Maicá recebem oficinas gratuitas do Projeto Artesanato Criativo Aroma da Amazônia

Com foco em cosméticos artesanais, a capacitação encerrará nos dias 9 e 10 de agosto, com comercialização dos produtos, no Centro de Artesanato Cristo Rei.
Divulgação

Contemplado no edital multilinguagens da Lei Aldir Blanc Pará, o projeto Artesanato Criativo Aroma da Amazônia incentiva o empreendedorismo das mulheres moradoras do bairro Pérola do Maicá através de capacitações que geram renda na produção de cosméticos artesanais. Duas oficinas gratuitas estão em andamento na Escola Municipal Pérola do Maicá. Uma de sabonete natural de argila e a outra de aromatizador natural com óleos essenciais. Hoje, 8 de agosto, encerra as etapas de teoria e preparação dos produtos.

O resultado das oficinas será exposto no Centro de Artesanato Cristo Rei, nos dias 9 e 10 de agosto, das 10 às 18h. As alunas irão vender aromatizadores de Cravo e Canela, Alecrim e sabonetes de argila verde. O dinheiro das vendas será dividido entre as participantes das oficinas. A verba da Lei Aldir Blanc Pará proporcionou a gratuidade total das necessidades das duas oficinas para 12 mulheres.

Para a proponente do projeto, a empreendedora e aromaterapeuta, Lígia Santana, a oportunidade de ensinar outras mulheres é a realização de um sonho. Ela conta que há cerca de cinco anos precisou se reinventar, a partir daí começou a fazer cursos de aromas naturais da Amazônia, desde então alimentou a vontade de compartilhar conhecimentos.

“Eu me tornei uma artesã de aromas e sou uma apaixonada por produtos naturais com óleos essenciais, pois beneficiam o corpo e a mente. E dividir essa paixão, incentivando mulheres a se tornarem empreendedoras, é gratificante. O foco do projeto é justamente esse, gerar renda a quem vive em situação de vulnerabilidade social e econômica”, afirmou

As oficinas oferecem teoria e prática, foram seis mulheres em cada turma. As alunas estão aprendendo a propriedade dos ingredientes, a fabricar os produtos, embalar, no caso dos sabonetes, e despejar os líquidos, para os aromatizadores, além adesivar com a identificação visual. Nesse grupo de aprendizes está a Rafaela dos Reis, de 29 anos, ela escolheu a turma de produção de sabonetes naturais e afirma que vai atuar com artesanato criativo.

“Eu tenho 3 filhos, fiquei viúva com 24 anos, e precisei sustentar minha família sozinha. A oficina está me ensinando a ter um negócio próprio e vou me dedicar a produzir ótimos sabonetes para gerar vendas e conquistar clientes fies”, enfatizou.

A jovem Letícia dos Santos, de 20 anos, ainda não tem uma profissão e afirma que a partir dessa capacitação pretende empreender no ramo dos aromatizadores. “Isso agregou muito na minha vida, a professora tá me ensinando bastante. Eu sou muito grata por essa oportunidade”, disse.

O projeto vai atuar ainda na promoção da democratização do acesso a cadeia operatória dos cosméticos artesanais, com a oferta de videoaulas gratuitas. A partir da segunda quinzena do mês de setembro as duas oficinas poderão ser assistidas pelas redes sociais da Harmoniza Corpo e Alma, microempresa da Lígia.

Benefícios para corpo, para o bolso e sociedade

O projeto pretende se fortalecer como um instrumento de transformação da realidade das mulheres de Santarém, em situação de vulnerabilidade, podendo atuar com o fomento da economia local e na formação de multiplicadoras de conhecimento que possam continuar as capacitações. Paralelo a isso, vai levar com a venda dos produtos mais qualidade de vida e bem-estar para a comunidade.

Segundo Lígia, os insumos usados não agridem a pele e os aromas podem evitar o estresse, insônia, sendo estimulantes terapêuticos. “Na fabricação do sabonete inclui a glicerina que amacia e hidrata a pele, as argilas, essas, dependendo da cor, regeneram e equilibram o PHD da pele, são calmantes também. Os extratos vegetais e óleos essenciais, tem a maior parte das propriedades terapêuticas e medicinais”, finalizou.

Colaborou: Natashia Santana