O sertanista estava em uma missão para evitar um conflito entre indígenas e moradores da zona rural da cidade
Um dos principais indigenistas em atividade no país, com cerca de 30 anos de experiência na Funai (Fundação Nacional do Índio), Rieli Franciscato, de 56 anos, foi morto nesta quarta-feira, 9, com uma flechada no tórax ao se aproximar de um grupo de indígenas isolados.
A Polícia Civil da cidade informou que Franciscato estava em uma missão na região com apoio da Polícia Militar (PM) quando foi atingido pela flecha. Moradores da zona rural de Seringueiras haviam comunicado à Funai sobre a presença de indígenas isolados.
“Segundo os policiais, ao perceberem que estavam sendo atacados por flechas, se abrigaram atrás da viatura, mas a vítima (Rieli) não conseguiu se abrigar a tempo. Quando cessaram os ataques, viram a vítima caída e já não havia indígenas”, explicou o delegado de Seringueiras Jeremias Mendes.
Conforme o boletim de ocorrência, o coordenador foi socorrido e levado por dois policiais militares ao Hospital Municipal de Seringueiras, mas acabou não resistindo e morreu.
“As diligências eram para confirmar a existência dos indígenas isolados. Era um profissional da área que foi concretizar um serviço de pesquisa para registrar a situação”, esclareceu Jeremias Mendes.
Rieli atuava como coordenador da Frente de Proteção Etnoambiental Uru-Eu-Wau-Wau (FPEUEWW) da Funaie era considerado um dos mais experientes indigenistas no trabalho de monitoramento dos grupos isolados no país e um dos seus principais defensores. Sua morte causa comoção entre os servidores da Funai e indigenistas.
Fonte: G1/RomaNews