Pará: com redução de casos da Covid-19, Policlínica Itinerante encerra atendimento no final de semana

Fundamental no enfrentamento da pandemia no Pará, a Policlínica Itinerante já atendeu mais de 111 mil pacientes em 89 municípios

Com a autorização para retomada das aulas presenciais em municípios com bandeiramento amarelo, a partir de 1º de setembro (terça-feira), serão encerradas neste sábado (29) e domingo (30) as atividades da Policlínica Itinerante em todo o Pará. Os últimos atendimentos ocorrerão nos bairros do Jurunas, Cabanagem e Icuí, na Região Metropolitana, das 8h30 às 16h30, e no município de Bragança, no nordeste paraense, das 8h30 às 15h30. O único local que atenderá na segunda-feira (31) será a Policlínica Unidade Móvel Hangar, na capital, ao lado do Hospital de Campanha, até as 18 h.

Segundo a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), o encerramento desse serviço, criado pelo governo do Estado como estratégia de enfrentamento à pandemia de Covid-19 em todas as regiões, se deve à queda no número de notificações de casos da doença no Pará.

No domingo será encerrado o atendimento na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Camilo Salgado, no bairro do Jurunas, e na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio José Valente Ribeiro, na Cabanagem, onde a assistência médica estava funcionando de forma fixa durante 31 dias.

Alcance da iniciativa – Desde quando começou a funcionar, no último dia 14 de maio, a Policlínica Itinerante passou por 89 dos 144 municípios paraenses, tendo realizado mais de 111 mil atendimentos de pacientes com sintomas leves e moderados de Covid-19. Somente na capital foram contabilizados 65.489 atendimentos.

Na Região Metropolitana de Belém, a Policlínica Itinerante percorreu 56 bairros, sendo 37 em Belém e 19 em Ananindeua, viabilizando consultas médicas, tomografia, raios X, testes rápidos e exames de RT-PCR, cujas amostras eram enviadas ao Laboratório Central do Estado (Lacen-PA) para análise, e o resultado informado posteriormente ao usuário por telefone.

A Policlínica Itinerante foi fundamental para o atendimento de casos leves e moderados, deixando as emergências dos hospitais e a Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) para os casos mais graves da doença, na capital e no interior do Estado.

O secretário adjunto de Políticas de Saúde da Sespa, Sipriano Ferraz, faz uma avaliação positiva das atividades da Policlínica Itinerante. “O projeto da Policlínica foi de fundamental importância no combate à Covid-19 no Estado, pois quando iniciou suas atividades as urgências e emergências da capital, públicas e privadas, estavam todas de portas fechadas, e o projeto deu conta de atender toda a demanda reprimida. E a Poli Itinerante veio exatamente para socorrer municípios que estavam em situação crítica. O sucesso foi imenso por um acolhimento diferenciado, com qualidade, uma estratégia de gestão com fluxo linear do paciente, para encurtar o tempo do paciente nas unidades. Tudo isso vem culminar com o cenário que estamos vendo hoje, com a redução do número de casos novos da doença no Pará”, afirmou.

Hangar – A Policlínica Unidade Móvel Hangar começou a funcionar no dia 1º de julho oferecendo consulta médica, exames laboratoriais e tomografia de tórax (exame padrão ouro) para diagnóstico da Covid-19, além de medicamentos aos casos confirmados. A unidade dispõe de uma base laboratorial própria para análise e processamento de amostras biológicas e conta com a parceria do Hospital de Campanha do Hangar para tomografias.

Policlínica Metropolitana – No combate à Covid-19 no Pará também teve um papel fundamental a Policlínica Metropolitana, que por determinação do governo do Estado mudou seu perfil de atendimento para entrar no enfrentamento direto à pandemia, tirando a sobrecarga da Rede Básica de Saúde e das UPAs na Região Metropolitana, no atendimento de quadro respiratório leve ou moderado.

A Policlínica Metropolitana começou a atender casos suspeitos de Covid-19 no dia 21 de abril, e em 71 dias de funcionamento com esse perfil realizou 44 mil atendimentos, com direito à consulta médica, exames e medicamentos para o tratamento da doença.

(Colaboração de Carol Menezes / Secom).

Fonte: Agência Pará