A taxa de letalidade é de 9.37% no Estado.
Os casos de vítimas fatais do coronavírus no Pará saltaram de 122 na segunda-feira, 27 de abril, para 709, até o fechamento desta matéria, segundo o boletim divulgado às 12h30, desta segunda-feira, 11, pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). O número é quase seis vezes maior. Só nos últimos sete dias foram 365 novos óbitos. A taxa de letalidade é de 9.37% no Estado.
Ainda de acordo com o boletim, o Pará registra 7.563 pacientes infectados, sendo 5.344 só no mesmo período de duas semanas, que na segunda, 27, apresentava 2.219 casos mortes. Um crescimento de quase quatro vezes.
Dois municípios paraenses, Santo Antônio do Tauá e Breves, aparecem ainda em lista do portal de notícias G1 entre as cidades com maiores índices de mortalidade por coronavírus. Santo Antônio do Tauá está na 14ª posição da lista, com 22,2 pacientes que vem a óbito por covid-19 para cada 100 mil habitantes. Já em Breves, para cada 100 mil habitantes contaminados, 21,4 pacientes infectados morrem de coronavírus. A cidade está na posição 16ª da lista.
Medidas
Para tentar frear a propagação do vírus, desde a última quinta-feira, 7, as prefeituras de Belém e de mais nove municípios da Região Metropolitana e interiores, em parceria com o governo do Estado, decretaram lockdown, que significa a suspensão de todos os serviços não-essenciais à sobrevivência e o bloqueio quase total das atividades urbanas.
Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), no entanto, nos três primeiros dias de lockdown no Pará, menos da metade da população ficou isolada em casa. Na quinta, 7, primeiro dia de bloqueio, o índice foi de 49,3%; na sexta, ainda menor, 47,08%; e no sábado, 49,15%. O número só ultrapassou os 50% neste domingo, 10, quando atingiu 54.95%. O número ainda está bem abaixo do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de 70%.
Projeções
Com o ritmo de crescimento do novo coronavírus no Pará, pesquisadores apontam que o estado poderá ter de 12 a 16 mil casos de covid-19 até o final de maio.
A projeção apontada pelo pesquisador Yuri Willkens, da Universidade Federal do Pará (UFPA), é baseada nos dados oficiais que mostram os casos sendo duplicados em média a cada 4 a 5 dias no Pará.
Willkens identificou esse ritmo no avanço dos casos avaliando a curva de crescimento divulgada pela Sespa. “Com o passar das semanas e o afrouxamento das medidas de isolamento social, que acabaram ocorrendo em alguns momentos, as datas das duplicações têm se mantido altas, a cada 4 a 5 dias, e se as medidas não forem endurecidas esse avanço continua em linha reta e dificulta ainda mais o achatamento da curva de crescimento dos casos”, explica.
Fonte: Roma News