Segundo a imprensa americana, o envelope que continha ricina foi detido em um centro de correio do governo antes de chegar a Casa Branca
Uma carta endereçada ao Presidente Donald Trump continha uma substância letal identificada como ricina, de acordo com a imprensa americana. O envelope, que acredita-se ter sido enviado do Canadá, foi interceptado em um centro de correio do governo antes de chegar à Casa Branca, conforme informou o New York Times, a CNN e o Wall Street Journal neste sábado, 19.
A ricina, que faz parte dos resíduos produzidos quando o óleo de fonada é feito, não tem antídoto conhecido.”O FBI e nossos parceiros do Serviço Secreto dos EUA e do Serviço de Inspeção Postal dos EUA estão investigando uma carta suspeita recebida em uma instalação de correio do governo dos EUA”, disseram em um comunicado. “Neste momento, não há nenhuma ameaça conhecida à segurança pública.”
De acordo com a CNN, dois testes foram feitos para comprovar a presença da substância. Ainda não há informações sobre alguém ter tido contato com o veneno.
O ocorrido não é inédito. Em 2011, quatro homens da Geórgia foram presos e condenados à prisão por conspirarem espalhar a toxina simultaneamente em cinco cidades americanas, tendo como alvo autoridades federais e estaduais. No mesmo ano, oficiais americanos disseram que estavam cada vez mais rastreando a possibilidade de que a Al Qaeda usaria ricina em ataques contra os Estados Unidos.
Dois anos depois, um homem do Mississipi enviou cartas contendo a substância ao presidente Barack Obama e a um senador republicano na tentativa de incriminar um rival. As cartas foram interceptadas em instalações de triagem.
Em 2014, Shannon Richardson, uma atriz, foi condenada a 18 anos de prisão federal por enviar cartas com ricina em maio de 2013 para várias pessoas, incluindo Obama e Michael R. Bloomberg, o prefeito de Nova York na época.
Finalmente em 2018, William Clyde Allen, um veterano da Marinha dos EUA foi acusado por tentar enviar envelopes com ricina para Trump e outros líderes militares. As autoridades determinaram que o Willian enviou grãos de mostração, em vez de ricina. O caso dele ainda está pendente.
Fonte: Estadão