Estado fortalece aquicultura no oeste paraense com entrega de 400 mil alevinos e movimenta mais de R$ 15 milhões na economia

Produção da Estação Santa Rosa deve gerar 720 toneladas de pescado e beneficiar centenas de famílias na região do Baixo Amazonas

Foto: Alailson Muniz/SRGBA

O Governo do Pará, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), continua investindo no fortalecimento da aquicultura em todo o estado. Apenas nos primeiros meses de 2025, a Estação de Reprodução e Alevinagem de Santa Rosa, localizada em Santarém, produziu e distribuiu cerca de 400 mil alevinos das espécies tambaqui e tambatinga para dezenas de piscicultores da região oeste do Pará.

A expectativa é que essa produção resulte, em até um ano, na geração de aproximadamente 720 toneladas de pescado, movimentando cerca de R$ 15,8 milhões na economia local. A ação contribui diretamente para a geração de emprego, renda e segurança alimentar de milhares de famílias da região.

Segundo Luiz Otávio Macedo, coordenador regional da Sedap em Santarém, mesmo com perdas naturais previstas, o impacto é altamente positivo. “Consideramos uma margem de perda de até 10%, mas ainda assim a produtividade é expressiva. O quilo do pescado hoje custa, em média, R$ 22, e a tendência é que esse valor suba no próximo ano, o que aumenta a rentabilidade para os produtores”, explica.

Referência em produção

Reformada em 2019, a Estação de Piscicultura Santa Rosa tem capacidade instalada para produzir até 10 milhões de alevinos por ano. Reconhecida como referência técnica na região, a unidade atende atualmente mais de 100 piscicultores cadastrados e oferece assistência técnica especializada. As orientações incluem manejo sanitário, qualidade da água, alimentação adequada, densidade de estocagem e boas práticas para o cultivo sustentável em cativeiro.

Na última semana, mais uma etapa de entregas foi realizada. Entre os beneficiados está o piscicultor Luís Gonzaga, de 73 anos, conhecido como “Beco do Samambaia”, da comunidade de Ponte Alta, no Eixo Forte. Ele recebeu 6 mil alevinos, embora tenha capacidade para criar até 50 mil.

Seu Beco, criador há 17 anos: renda
Seu Beco, criador há 17 anos: renda

“Crio peixe há 17 anos e sei como é difícil tocar tudo sozinho. Essa ajuda do Governo do Estado é fundamental para continuarmos produzindo. Aqui na região, muita gente depende da piscicultura para viver. Na Feira do Pescado da Semana Santa, vendi 200 tambaquis em um único dia. O mercado é forte e existe demanda”, afirma Seu Beco, uma das lideranças locais do setor.

Desenvolvimento com responsabilidade

O trabalho da Estação Santa Rosa integra a estratégia do Governo do Estado de fomentar uma produção sustentável, respeitando o meio ambiente, ampliando a oferta de pescado e valorizando os produtores paraenses.

Sedap possui mais de 100 criadores cadastrados
Sedap possui mais de 100 criadores cadastrados

“Essas ações vão além da simples entrega de alevinos. Representam um compromisso com o futuro da nossa população. Estamos falando de geração de emprego, renda nas comunidades e alimento de qualidade na mesa das famílias. A aquicultura é uma atividade estratégica para o desenvolvimento da região do Baixo Amazonas, e o Governo do Pará tem atuado com seriedade e planejamento”, destaca Nélio Aguiar, secretário regional de Governo do Baixo Amazonas.

Produção abastece o mercado local, gerando emprego e renda, além de garantir pescado de qualidade
Produção abastece o mercado local, gerando emprego e renda, além de garantir pescado de qualidade

Com apoio técnico e logístico do Estado, os piscicultores têm melhores condições de expandir suas atividades, profissionalizar seus sistemas de produção e atender à crescente demanda por pescado tanto no Pará quanto em outras regiões do país. A meta é clara: transformar o potencial aquícola do Pará em riqueza sustentável para o povo paraense.

Agência Pará

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