HMS orienta sobre cuidados após acidentes com animais para prevenção da raiva

Em Santarém, não há casos positivos da doença.

O Hospital Municipal Dr. Alberto Tolentino Sotelo (HMS), por meio do setor de Epidemiologia, reforça a importância de buscar atendimento médico imediato em casos de acidentes com mordedura, sejam os animais domésticos ou silvestres. Nos primeiros três meses de 2025, a unidade notificou 103 atendimentos antirrábicos humanos, todos conduzidos conforme os protocolos do Ministério da Saúde.

A profilaxia antirrábica é indicada para prevenir a raiva, uma infecção viral grave que afeta o sistema nervoso central e pode ser fatal. O infectologista do HMS, Alisson Brandão, explica que o atendimento inclui a avaliação do ferimento, as condições do animal agressor e a definição da conduta médica.

“Em alguns casos é necessário apenas acompanhar, mas em outros a vacinação ou até o soro antirrábico são indicados. Tudo depende do tipo de acidente e das informações sobre o animal”, esclarece.

O médico, também, orienta que ao sofrer qualquer tipo de agressão por animal, a vítima deve lavar o local com água e sabão imediatamente.

“Esse é o primeiro cuidado e pode ajudar a reduzir o risco de infecção. Em seguida, é essencial procurar uma unidade de saúde para avaliação”, reforça o médico.

O HMS é referência para atendimentos de urgência e emergência em Santarém e região, sendo a unidade responsável pela administração do soro antirrábico.

A responsável pela Vigilância Animal da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), Rose Grace, informa que acidentes antirrábicos — como os que envolvem contato com saliva de animais potencialmente infectados — não significam que houve infecção por raiva. Esses atendimentos são medidas preventivas adotadas para evitar o desenvolvimento da doença. Atualmente, não há casos confirmados de raiva humana em Santarém.

“Pessoas expostas a esse tipo de acidente, também, podem procurar a Unidade Básica de Saúde [UBS] mais próxima de sua residência para que o caso seja notificado e sejam fornecidas as orientações adequadas, inclusive quanto à necessidade da vacina antirrábica”, destacou.

As vacinas são oferecidas gratuitamente nas UBS da Nova República e da Fátima, em dias alternados. Por isso, é importante buscar a unidade mais próxima para verificar os dias de atendimento e garantir que as doses sejam aplicadas corretamente, conforme as orientações do Ministério da Saúde.

O esquema vacinal contra a raiva varia conforme a situação:

– Animal conhecido, domiciliado e vacinado: A recomendação é mantê-lo em observação por 10 dias. Se permanecer saudável nesse período, geralmente não há necessidade de vacina, apenas acompanhamento.
– Animal desconhecido, errante ou que não possa ser observado por 10 dias: A vítima deve iniciar o esquema vacinal imediatamente, conforme protocolo do Ministério da Saúde.

Ascom PMS

Deixe uma resposta