Estado e Receita Federal fecham parceria de fiscalização nos rios do Pará

Reforço integra equipe da Base Fluvial Candiru no combate ao contrabando e mercadorias ilegais
Foto: Divulgação

O Governo do Pará e a Receita Federal agora trabalham juntos na fiscalização dos rios da Amazônia. A mais recente parceria reforça o combate ao contrabando e mercadorias ilegais. O trabalho integrado é na Base Fluvial Candiru, em Óbidos, no Baixo Amazonas. 

Desde a última sexta-feira (18), equipes da Receita Federal se somaram aos agentes da Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros e Secretaria da Fazenda do Estado (SEFA), nas ações de segurança e fiscalização de irregularidades.

“É importante a participação da Receita tendo em vista que nós temos a Zona Franca de Manaus que fica no estado do Amazonas, e base está justamente logo após a divisa com esse estado. E muitos produtos oriundos da Zona Franca de Manaus quando não desembaraçados da forma legal eles se equiparam a contrabando, e muitas das apreensões realizadas, a exemplo de celulares já apreendidos durante este ano e outros equipamentos saíram da zona franca e equiparam-se a contrabando. É importante ter a presença da Receita Federal no local para que a gente possa fazer uma atuação completa e integral”, destaca Ualame Machado, secretário de Segurança Pública e Defesa Social.

Atuação – O trabalho na Base Candiru tem o objetivo de fiscalizar a prática de atos ilícitos como o transporte de drogas, armamentos, componentes controlados, madeira ilegal e pessoas com mandados de prisão em aberto. Com a parceria, as equipes da Receita Federal vão fiscalizar as mercadorias e insumos que não foram submetidas ao desembaraço aduaneiro, que é o processo de liberação de mercadorias pela alfândega, tanto para entrada (importação) quanto para saída (exportação) de um país.

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Na identificação de ilícitos praticados, cada instituição integrada realiza seus os procedimentos cabíveis, incluindo, agora, as ações de fiscalização tributária da equipe da Receita Federal.

Para o investigador da Polícia Civil, Rômulo Valete, gerente da base, a parceria é considerada estratégica no âmbito da integração das forças de coibição de crimes. “Não é raro a prática de contrabando/descaminho nessa região, e a aproximação com a Zona Franca de Manaus também nos apresenta um espectro mais amplo de atuação na área da tributação que é patente da RF. Na prática a equipe da Receita Federal nos acompanha nas fiscalizações das embarcações que fazem linha comercial de transporte de cargas e passageiros que passam pela base. Assim como nas abordagens de embarcações de transporte que eventualmente passam também por essa via”, detalha o investigador.

Além da fiscalização tributária, a equipe da Receita Federal vai atuar no combate ao  contrabando, como explica o auditor fiscal Charles Miranda, Chefe de Operações da Receita Federal na Segunda Região Fiscal, que engloba os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima. 

“O trabalho de fiscalização do contrabando são mercadorias proibidas de entrar no país. E o descaminho, que é a entrada irregular. Apesar da mercadoria poder entrar, ela entra sem o pagamento de tributo, no caso é o descaminho. E também a questão do tráfico de drogas que a gente atua, com entrada também de substâncias como cigarro e o cigarro eletrônico, que é proibido”, acrescenta o auditor fiscal. 

Base Fluvial Integrada Candiru – O equipamento de segurança pública tem 7 meses de instalação com fiscalizações contínuas para o enfrentamento da criminalidade na região do estreito de Óbidos, no Rio Amazonas. A base foi entregue em setembro de 2024, como a segunda Base Fluvial Integrada de Segurança Pública do Estado do Pará. 

Resultados – Em seis anos de gestão, o Governo do Pará  já investiu em três Bases Fluviais Integradas. A primeira, a Base Antônio Lemos, instalada no estreito de Breves na região do Marajó, resultou, na apreensão de 2 toneladas de drogas apreendidas no ano de 2024.

A segunda, a Base Candiru, reúne agentes dos órgãos de Segurança Pública do Estado, assim como, órgãos de fiscalização ambiental, tanto da esfera estadual quanto municipal. A base é utilizada para atendimento na região do baixo Amazonas e conta com a presença de policiais civis e militares, além de equipes do Corpo de Bombeiros e Grupamento Fluvial de Segurança Pública (Gflu). A terceira Base Fluvial está em construção e será instalada ainda em 2025, em Abaetetuba.

Agência Pará

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