Foram atendidos 47 casos de janeiro e outubro de 2023 no Hospital Municipal de Santarém e UPA 24 horas.
Um levantamento realizado pelos setores epidemiológicos do Hospital Municipal de Santarém Dr. Alberto Tolentino Sotelo (HMS) e da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24 horas revelou que, no período de janeiro a 13 de outubro deste ano, um total de 47 pacientes foram atendidos devido a ataques de arraias em ambas as unidades de saúde. Esses ataques aumentam durante a estiagem, quando os rios da região ficam mais rasos e quentes. O médico infectologista do HMS, Dr. Alisson Brandão, destaca a importância de conscientizar a população sobre esses riscos e adotar medidas preventivas.
O médico enfatiza que é necessário que as pessoas que frequentam os rios durante a estiagem estejam cientes dos perigos associados aos incidentes com arraias e saibam como proceder em caso de contato indesejado com o animal.
“No momento do acidente, o cuidado principal que se deve ter é lavar bem o local com água e sabão para fazer a desinfecção, se possível, tentar tirar o ferrão caso ele tenha ficado preso, mas o principal mesmo é buscar atendimento médico na unidade de saúde mais próxima”, destaca.
O Dr. Alisson também ressalta que mesmo que a dor esteja suportável, é necessário buscar atendimento médico.
“Existe o principal risco de complicação do acidente que pode resultar em uma infecção. É necessário fazer a avaliação, limpeza correta do local acidentado e a prescrição do antibiótico quando necessário”, alertou.
Além disso, como medidas de prevenção, o médico aconselha o uso de calçados fechados ao entrar na água ou caminhar nas margens dos rios, preferencialmente resistentes a perfurações, e a adoção de movimentos cuidadosos ao entrar na água, arrastando os pés pelo fundo para alertar as arraias de sua presença.
Seu Raimundo Leonildo Ramos, morador da comunidade Cuipiranga, rio Arapiuns, compartilhou um incidente ocorrido em 18 de setembro, quando foi vítima de ferroada de arraia no pé enquanto estava realizando afazeres domésticos.
“Eu fui encher o balde de água na beira, aí eu dei três passos pra dentro do rio e eu pisei em cima dela, uma arraia. Eu não reparei ela, eu não vi ela, não. Eu só pisei em cima dela e ela me ferrou e saiu nadando. Daí em diante foi só dor por umas três horas, muita dor mesmo”.
Após o ocorrido, ele procurou atendimento médico na unidade de saúde mais próxima, onde lhe foi prescrita medicação para alívio da dor e limpeza do local afetado.
Ascom PmS