Unidade dispõe de infraestrutura para tratamento de doenças renais, e de janeiro a maio deste ano, já realizou 12.644 atendimentos no setor
Neli Moraes, de 45 anos, moradora de Santarém, município do oeste paraense, é mãe de duas meninas e, há 9 anos, faz parte do grupo de pacientes fixos que se tratam no serviço de nefrologia e transplante do Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA). Ela tem o diagnóstico de nefropatia diabética, uma alteração nos vasos sanguíneos dos rins, o que leva a insuficiência renal crônica. “São tantos anos aqui que a equipe já virou parte da minha família. Eu sou bem tratada e recebo um tratamento que preciso para esta fase que estou”, enfatiza.
Dados da unidade apontam que, cerca de 70% dos pacientes em tratamento nefrológico do HRBA, foram acometidos com diabetes e pressão arterial alta. Neli faz parte da estatística. Há 17 anos, ela começou a apresentar sinais e sintomas de hipertensão.
“Eu me sentia muito ruim. Uma lentidão, inchaço, mal-estar, até que fui internada num hospital na cidade de Almeirim. Eu tinha 28 anos quando fui diagnosticada com nefropatia. Estou no HRBA há 9 anos, desde então, recebe atendimento completo. Aqui (HRBA), é a minha segunda casa”, disse.
Complexidade
Estratégico no atendimento à saúde pública de cerca de 1,4 milhões de paraenses, o Regional do Baixo Amazonas mantém uma infraestrutura que atende a integralidade das doenças renais. De janeiro a maio deste ano, foram feitos 12.644 atendimentos no setor. A unidade do Governo do Estado, administrada pelo Instituto Social Mais Saúde (ISMS), em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde (Sespa), atua desde o diagnóstico até o transplante renal.
“Nós não precisamos encaminhar o paciente para fora de Santarém para fazer algum tratamento relacionado às doenças renais. Conseguimos otimizar o tratamento aqui mesmo na região do Baixo Amazonas, desde os casos simples, até a alta complexidade”, explicou o médico nefrologista, Emanuel Espósito.
O HRBA atua em todas as áreas fundamentais de atendimento ao paciente nefrológico. A unidade conta com ambulatório para tratamento de doença renal conservadora, UTI, internação hospitalar. Além disso, o paciente consegue ser atendido nas três terapias: hemodiálise, diálise peritoneal e o transplante renal.
Transplante
Também parte do processo, há o acolhimento necessário para pacientes aptos ao transplante, como, por exemplo, o programa de transplantação tanto de doadores vivos como de doadores falecidos e pós-cirúrgicos.
Emanuel Espósito ressalta que a maioria dos casos apenas são reversíveis com um transplante. “A nossa equipe do Regional sempre atua com campanhas para chamar atenção quanto aos cuidados básicos com a saúde para evitar qualquer doença renal. O mais importante é ter uma alimentação saudável, praticar exercícios, tomar água e visitar o médico regulamente”, incentiva.
Infraestrutura
O HRBA possui duas salas de hemodiálise para atendimento intra-hospitalar com cerca de 200 pacientes. A unidade também atua no atendimento da diálise peritoneal, com 22 pacientes que fazem terapia em casa.
“Atendemos a integralidade do tratamento. Temos uma equipe de especialistas, com médicos, enfermeiros, nutricionistas, psicólogos e assistentes sociais. Além disso, o Regional do Baixo-Amazonas também atua nos transplantes renais, o que também nos faz uma referência na região norte do Brasil”, observou Romulo Rodovalho, secretário de Estado de Saúde Pública.
Funcionamento
A unidade atua com quatro turnos, com 25 cadeiras de hemodiálise e mais 6 reservas para atender intercorrências. “O serviço humanizado está entre as principais ações efetivas do Instituto Mais Saúde que é prestado aos usuários com doença renal. “A nossa equipe é completa e tem recebido treinamento de reforço para o acolhimento com foco, carinho e atenção ao paciente”, ressaltou Camila Lacerda, enfermeira e coordenadora do setor de hemodiálise.
Serviço:
A unidade, pertencente ao Governo do Pará, é gerenciada pelo Instituto Social Mais Saúde, é referência no serviço de Terapia Renal Substitutiva para cerca de 1,4 milhão de pessoas residentes em 30 municípios do oeste paraense.
Com informações da assessoria