Regional do Baixo Amazonas também conta com retaguarda de UTI para mães e bebês
A dona de casa Lilem Silva, de 33 anos, desenvolveu algumas complicações durante a gestação da filha, Lídia Vitória. Com um quadro de hipertensão e anemia, ela ainda teve duas eclâmpsias e precisou ser transferida, de uma unidade de atendimento de média complexidade, para o Hospital Regional do Baixo Amazonas Dr. Waldemar Penna (HRBA), em Santarém, no oeste paraense, para fazer o parto do bebê.
A pequena Lídia nasceu com 28 semanas e 595 gramas. Com baixo peso, há um mês ela está em tratamento na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal do Regional. “O atendimento que minha filha e eu temos recebido aqui é nota mil. Desde que fui transferida, estou sendo muito bem acolhida. Toda a equipe tem sido excepcional. Desde a portaria até aqui dentro, sou muito bem tratada”, observou.
Já a amazonense Kellyane Freitas fez todo o acompanhamento da gravidez, desde o pré-natal até o parto do pequeno Thales Joaquim, no HRBA. A dona de casa de 31 anos já era hipertensa e diabética e também havia sofrido um Acidente Vascular Cerebral (AVC) dois anos atrás, entre outras complicações. Por isso, ela teve de ficar dois meses internada na unidade, até dar à luz ao quarto filho. Thales nasceu com 34 semanas e, apesar de prematuro, chegou ao mundo com 3.375 kg.
“Essa gravidez foi bem mais perigosa do que as outras. E graças a Deus meu filho está se desenvolvendo bem, sendo acompanhado pelos profissionais da UTI Neo. Coloco todos eles nas minhas orações porque sempre fui muito bem atendida aqui, durante todo esse tempo. Até coloquei o nome Joaquim no bebê, em homenagem ao médico que me operou. Esses colaboradores realmente amam o que fazem e nos tratam como se fossemos da família mesmo”, agradeceu.
Perfil – O HRBA, unidade que pertence ao Governo do Estado do Pará e é gerenciada pelo Instituto Social Mais Saúde (ISMS), é referência no atendimento de obstetrícia de alto risco para uma população de 1,4 milhão de pessoas residentes em 30 municípios do oeste do Pará. O Regional oferta consultas, exames, internação e até mesmo parto normal ou cesariano.
“As mães que são atendidas aqui são pacientes que precisam de cuidados especiais durante a gestação. Elas já são triadas nas Unidades de Saúde dos municípios de origem como gravidez de alto risco e vêm para cá para fazer esse acompanhamento. As que precisam fazer o parto aqui, nós fazemos. E também ofertamos o suporte de UTI, tanto adulto quanto neonatal, para a recuperação das mães e dos bebês que nascem prematuros”, explicou a médica ginecologista e obstetra Thais Mesquita.
Atendimentos – Entre janeiro e novembro de 2022, o Regional de Santarém realizou 40 atendimentos desta especialidade, entre tratamentos clínicos e partos.
“Existem muitas patologias relacionadas à gravidez de alto risco, mas as principais são a hipertensão gestacional, diabetes, má formação fetal, rotura prematura das membranas e até mesmo outras situações, como problemas de tireoide e atendimento a pacientes oncológicas, com lúpus, mas estas são um pouco mais raras. Temos uma equipe experiente e preparada para fazer toda essa assistência às mães e aos bebês”, acrescentou a médica.
Além da obstetrícia, o HRBA oferta serviços e atendimentos em cerca de 40 especialidades médicas. A unidade é referência em alta e média complexidade no interior do estado do Pará.
Gestão – O diretor Geral do HRBA, Eder Lúcio de Souza, destaca o desempenho do trabalho. “Queremos que os nossos pacientes tenham a melhor experiência possível aqui dentro da unidade. E isso se faz com excelência no atendimento e humanização. O momento da gestação e do parto é muito marcante para as mães e para todas as famílias. Então trabalhamos para que essas pacientes saiam daqui com seus filhos, com uma boa lembrança da assistência que aqui receberam. Este é o nosso grande objetivo”, disse.
O Instituto Social Mais Saúde (IMS) assumiu a operacionalização do HRBA no dia 1° de dezembro do ano passado e segue na gestão em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa). A Organização Social está trabalhando nessa transição para garantir que tudo seja realizado de maneira segura, dando continuidade aos serviços disponíveis e aumentando os atendimentos da oncologia e de outras especialidades como cardiologia, endocrinologia, mastologia e pneumologia.
Comunicação HRBA