Empresário bolsonarista é indiciado por compra de votos para presidente

Ele foi flagrado em vídeo oferecendo R$ 200 para seus funcionários

A Polícia Federal indiciou um empresário suspeito de comprar votos nas Eleições 2022, no município de São Miguel do Guamá, no Pará. É a Operação “Duzentão”, que cumpriu mandado de busca e apreensão nesta quinta e sexta-feira (06 e 07/10), para prevenção e o combate aos crimes eleitorais, com apoio do Ministério Público do Trabalho e auditores fiscais do trabalho.

Tudo partiu de um vídeo que circulou pelas redes sociais, de um suposto empresário prometendo pagar R$ 200 a seus empregados em troca de voto para um candidato à Presidência da República – daí o nome da operação. Além disso, haveria ameaça de demissão no caso de o candidato opositor vencer o pleito eleitoral.

Foto:PF

O investigado – dono de uma cerâmica – foi ouvido pelo delegado chefe da operação, admitindo que era ele no vídeo. Por haver indícios de autoria e materialidade, foi feito o indiciamento por condutas relacionadas a crimes eleitorais. O empresário responderá em liberdade. Também foram ouvidos trabalhadores, que confirmaram a hipótese criminal de compra de votos, mas não a ameaça de demissão em caso de insucesso do candidato apoiado no pleito.

A Operação “Duzentão” obteve mandado de busca e apreensão, além de quebra de sigilo de dados. Foi feita análise de documentos no local, não sendo necessária a apreensão.

Mesmo após o primeiro turno das eleições, a Polícia Federal continua a prevenção e o combate aos crimes eleitorais que possam vir a interferir na livre manifestação dos votos para o segundo turno das eleições de 2022. Na última terça-feira (04/10), a Polícia Federal já havia realizado a Operação Feira Livre, para apurar a suposta compra de votos por cestas básicas no município de Vigia, nordeste do Estado.

Com informações da PF