Criança de 3 anos tem suspeita de poliomielite no Pará

A paciente pode estar com a doença conhecida como paralisia infantil, após ser detectada a presença do vírus sabin like 3. Entretanto, caso ainda está sendo investigado.
Reprodução> Ag. Brasil

A poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, é considerada erradicada no Brasil desde 1994. No entanto, a queda na cobertura das vacinas, especialmente em crianças, acende um sinal vermelho para médicos e cientistas. O risco de casos da pólio voltar a ser registrados no país é elevado, inclusive pelo fato da doença ainda se manifestar em outras partes do mundo.

Na tarde desta quinta-feira (06), a Secretaria de Saúde do Estado do Pará (SESPA) confirmou que uma criança de 3 anos está sob suspeita da doença no município de Santo Antônio do Tauá, nordeste do Estado. O caso ainda está sob investigação.

O Ministério da Saúde foi notificado hoje e também acompanha o caso.

“De acordo com o levantamento das informações epidemiológicas, a criança apresentou manifestação clínica no dia 21 de agosto de 2022 com febre, dores musculares, mialgia e quadro de PFA com comprometimento e redução motora nos membros inferiores com progressão de 24 horas após receber as vacinas Tríplice Viral e VOP”, diz o comunicado de risco da Sespa.

Ainda no comunicado, “No dia 12 de setembro de 2022, a responsável pela criança compareceu a Unidade Básica de Saúde do município, onde relatou que no dia 21 de agosto, um dia após a vacinação, apresentou dor no membro inferior direito e deambulava mancando e que, a partir do dia 10 de setembro, o mesmo perdeu a força nos membros inferiores não conseguindo se manter em pé”.

Uma equipe da Vigilância Epidemiológica de Santo Antônio do Tauá visitou a casa da família e constatou que a criança estava com o esquema de vacinação contra a polio irregular. “Quanto ao histórico vacinal da criança, foi verificado que estava incompleto e que a criança não recebeu as doses da VIP previamente. Ao analisar a carteira, a criança possuía duas doses de VOP, o que está em desacordo com as normas do PNI”.

Somente após a coleta de fezes e análise laboratorial, a confirmação do caso da doença chegou na terça (4) e o comunicado de risco emitido no dia seguinte.

No momento, o Ministério da Saúde lidera uma campanha de vacinação contra a pólio, mas, devido à baixa procura pelos imunizantes, ela será prorrogada.

Informações do DOL