Após mortes, Força Nacional fica na terra dos Parakanã

Força Nacional de Segurança deverá permanecer com o seu efetivo por mais 15 dias na Terra Indígena Parakanã
Reprodução

A morte de três jovens do município de Novo Repartimento deixou um clima tenso na região. Ainda sem a identificação da autoria do crime, a revolta e tristeza tomam conta da população.

Saiba os detalhes do caso:

Corpos de caçadores são velados em Novo Repartimento

Seguindo recomendação da Justiça Federal de Tucuruí, no Pará, a Força Nacional de Segurança deverá permanecer com o seu efetivo por mais 15 dias na Terra Indígena Parakanã, no município de Novo Repartimento.

A Polícia Federal localizou no último sábado (30) , no município, os corpos dos três caçadores: Cosmo Ribeiro de Sousa, José Luís da Silva Teixeira e Willian Santos Câmara, que estavam desaparecidos desde o dia 24 de abril. 

Segundo o juiz federal Paulo Máximo de Castro Cabacinha, a decisão foi motivada pela revolta que se instaurou na região “tendo em vista o clima iminente de conflito, em razão da comoção no velório” dos caçadores.

Para que a decisão seja cumprida, o juiz também determinou pena de R$ 5.000 caso a Força Nacional não siga as recomendações. “A retirada do efetivo em momento anterior configuraria descumprimento à decisão judicial, e eventualmente crime de desobediência”, disse o magistrado.

Várias manifestações estão sendo realizadas contra os indígenas Parakanã. A etnia tem sido responsabilizada pela morte dos três caçadores. Funcionários da saúde e da educação foram retirados das aldeias.

Leia também: Milhares de pessoas prestam homenagem a caçadores mortos

Familiares e amigos dos jovens teriam pedido a “extinção” dos indígenas e até convocado “apoio de bolsonoristas” para fazer justiça. Os Parakanã alegam inocência.

Informações de DOL