O chefe da pasta da Saúde deve anunciar neste domingo de Páscoa o que considera o fim da pandemia no Brasil, segundo o jornal paulista.
As palavras utilizadas pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, no pronunciamento previsto para amanhã, domingo de Páscoa, estão sendo minuciosamente escolhidas. Para Jair Bolsonaro e seus aliados, a expectativa é de que o ministro decrete o fim da pandemia. Mas como problemas complexos não têm soluções simples, a previsão de técnicos do Ministério da Saúde envolvidos nessa decisão é que o ministro apenas sinalize que estão dadas as condições para que seja levantada a emergência, sem dar detalhes nem publicar a portaria que estabelece as regras para isso. Os pormenores deverão ser destrinchados a seguir e vão demandar conversas com representantes de Estados e municípios.
LAMENTO. O ministro Marcelo Queiroga também deve prestar solidariedade a vítimas da covid, algo que o presidente Bolsonaro demorou a fazer.
ENROSCO. Retirar o estado de emergência significa mexer em 172 normas vinculadas à pandemia, que vão desde regras para o teletrabalho até o funcionamento de repartições públicas. Essas normas são apenas as de nível federal. Ou seja, há outras inúmeras em Estados e municípios e que não poderiam ser revistas do dia para a noite.
SOS. Secretários estaduais de Saúde já avisaram que querem 90 dias para a transição. Eles não são contra a revisão do estado de emergência, mas argumentam que precisam desse regime para comprar medicamentos e até a vacina Coronavac, que ainda não têm o registro definitivo na Anvisa.
Fonte: Estadão