Reunião inédita discutiu apoio do setor público ao projeto que distribui mudas resistentes à fusariose.
A reunião promovida pelo projeto Maniva Tapajós (Ufopa) e Grupo de Gestão Integrada (GGI/ Prefeitura Municipal de Santarém) deu um novo capítulo à produção de mandioca em Santarém, Belterra e Mojuí dos Campos, garantindo aos produtores estrutura para manejo com maquinários e combustíveis.
O encontro ocorreu nesta terça-feira, 24, na Secretaria Municipal de Planejamento, Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Tecnologia (Semdec), e reuniu representantes de prefeituras das três cidades. O resultado foi avaliado como positivo para toda a cadeia produtiva da mandioca.
Participaram também representantes da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará (Emater), Instituto Federal do Pará (IFPA), Secretaria Municipal de Agricultura (Semagri), Coordenadoria Municipal de Incentivo à Produção Familiar (Ciprof) e Biotec-Amazônia e produtores rurais.
“Foi acertada a forma como cada um dos parceiros vai trabalhar dentro dessa produção, a contrapartida de cada um, justamente para nós, através desta parceria, alavancada pelo projeto Maniva Tapajós, com que a cadeia da mandioca e macaxeira se eleve ao status de grande produtora que ela tinha anteriormente”, destaca a Diretora do Instituto de Biodiversidade e Florestas da Ufopa, Alanna Lima.
A coordenadora do GGI, Rosemary Fonseca, enfatizou a importância da união entre universidade, setor público e privado para incluir a região no ranking de maiores produtoras. “Santarém ocupava o segundo lugar na produção de mandioca no estado do Pará. Em 2019, pelo levantamento do governo do estado, Santarém, Mojuí e Belterra não estão entre os dez principais produtores de mandioca, então é muito importante esse projeto do Maniva Tapajós para colocarmos essa cultura numa condição altamente sustentável”, reforça.
A Prefeitura de Santarém, por meio da Secretaria Municipal de Agricultura e Pesca (Semap), garantiu apoio com maquinários e combustível ao projeto que já entregou mais de 20 mil mudas de plantas com qualidade genética e fitossanitária tolerantes à fusariose, produzidas nos laboratórios da Ufopa.
“Temos equipamentos que podem ajudar. Podemos contribuir com os equipamentos que nós temos, bem como para esse projeto específico nós temos combustível para fornecer”, garantiu o secretário Bruno Costa. O mesmo apoio foi assegurado pela vice-prefeita de Mojuí dos Campos, Suely Araújo, e pelo representante da prefeitura de Belterra, Vitor Albuquerque Lavratti.
Na ocasião, a Emater comunicou que vai preparar um projeto para os produtores sobre aquisição de insumos, bem como inserir técnicos para auxiliar na produção de Mojuí e Belterra. “Hoje, os três municípios devem ter mais de 6 mil produtores que trabalham com mandioca”, destaca Francisco Chaves.
Para a coordenadora do Maniva Tapajós, Profa. Eliandra Sia, o resultado da reunião é um marco para o projeto. “O objetivo desta reunião foi a integração entre as secretarias de agricultura, a universidade e o próprio produtor, para que possam ter acesso a assistência técnica, materiais, equipamentos e maquinários. O produto que buscamos para as próximas etapas é tornar os produtores replicadores de mudas com qualidade genética e fitossanitária e alavancar a cultura da mandioca na Região Oeste do Pará”, finaliza.
Luana Leão/Agência L3N