Escrivã morre no carro sem atendimento

Um áudio do marido da escrivã Raquel, lotada na Seccional de São Brás, revela um caso dramático de mais uma suposta vítima do COVID-19.

A jovem escrivã da Polícia Civil, Raquel, acaba de morrer dentro do carro do marido, com sintomas de Covid-19, na travessa Lomas Valentinas quase esquina com Av. João Paulo II,  perto do hospital Dom Vicente Zico, depois de ter sido recusada em vários hospitais, por falta de vagas. O marido da escrivã fez uma verdadeira via crucis em busca de atendimento mas não conseguiu. Muito abalado, ele telefonou do local pedindo ajuda à Polícia Civil, que lhe prestou apoio. 

O delegado-geral, Alberto Teixeira confirmou que Raquel fez um teste para o COVID-19 na última sexta-feira, 17. Alberto ainda disse que não poderia acompanhar o caso, pois está em isolamento domiciliar, acamado, com dor nas costas e nos olhos. Ele também está com sintomas da doença.

Ouça o áudio com o pedido de socorro feito pelo marido da policial:

Raquel era lotada na Delegacia de São Brás, considerada muito competente e dedicada ao serviço e muito querida pelos colegas, que estão consternados e acreditam que ainda haverá muitas baixas policiais.

O sistema de Saúde no Pará entrou em colapso. Todos os hospitais de Belém estão lotados, e no hospital de campanha do Hangar não há UTIs e nem respiradores, que poderiam salvar vidas. Os quatrocentos respiradores cuja compra foi anunciada só estão previstos para chegar da China no fim do mês.

Ontem o governador Helder Barbalho postou no Twitter que até a noite chegariam vinte respiradores repassados pelo Ministério da Saúde e que hoje (domingo) ficaram de chegar mais oito equipamentos doados pela Suzano.

Com informações do Blog Uruatapera e Portal Amazon Live