Na reunião, gestores estaduais e municipais apresentaram um balanço das muitas ações de saúde pública implementadas no Oeste do Pará
Nesta quinta-feira (11), representantes do Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), se reuniram com uma equipe da Prefeitura de Santarém para discutir as ações que ampliem o combate à pandemia de Covid-19 na região Oeste. Durante a reunião, realizada na sede da Prefeitura, foram apresentadas as estratégias já implementadas. O secretário adjunto da Sespa, Sipriano Ferraz, ressaltou o trabalho que o Estado vem fazendo na região nos últimos 30 dias e a importância da parceria com a Prefeitura de Santarém para que o sistema de saúde não entrasse em colapso, devido à segunda onda de contágio pelo novo coronavírus.
“O Estado está presente há quase 30 dias aqui na região. Elaboramos ações estratégicas, com respostas rápidas, para atender a população. Em cinco dias chegamos a abrir 114 leitos, e hoje chegamos a 250 leitos exclusivos para Covid, sendo 146 de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e 104 clínicos. Nossa parceria com a Prefeitura de Santarém está dando certo. Estamos conseguindo trabalhar”, afirmou o secretário adjunto.
Resultados positivos – O prefeito de Santarém, Nélio Aguiar, explicou que esse trabalho conjunto entre prefeitura e governo vem trazendo resultados positivos para que o sistema de saúde municipal possa se manter estruturado. “É muito importante esse assessoramento técnico por parte da Sespa. Nós temos vários técnicos da Secretaria de Saúde que se deslocaram de Belém, juntamente com a nossa equipe e a nossa gestão municipal, implantando protocolos, fazendo as reavaliações, e todo o esforço necessário para que a gente possa vencer esse momento tão crítico que estamos passando”, reforçou o gestor municipal.
Além de Sipriano Ferraz e Nélio Aguiar, participaram da reunião os titulares da Diretoria de Desenvolvimento e Auditoria em Serviços de Saúde da Sespa, Guilherme Mesquita, e da Diretoria de Desenvolvimento de Redes Assistenciais da Sespa, Simone Oliver; a coordenadora de Saúde do Centro Regional de Governo, Talita Liberal; a diretora do 9º Centro Regional de Saúde da Sespa, Aline Cunha; a secretária Municipal de Saúde de Santarém, Marcela Tolentino; o diretor-geral do Hospital Regional do Baixo Amazonas, Hebert Moreschi; Ronan Liberal Júnior, presidente da Câmara Municipal de Santarém, e João Henrique, coordenador técnico da “Mais Saúde”.
Mais leitos – Na tarde da última quarta-feira (10), a Sespa abriu mais 10 leitos de UTI no Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA), em Santarém. A unidade passa a contar com 61 leitos de UTI e mais 35 leitos clínicos, totalizando 96 leitos exclusivos para o enfrentamento da pandemia.
A abertura de novos leitos é mais uma ação do Governo do Pará, por meio da Sespa, para tentar diminuir o número de ocupação na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Santarém. No último domingo (7), a Sespa já havia aberto 24 leitos clínicos para casos de Covid.
Atualmente, nas regiões do Baixo Amazonas e Tapajós, o Estado está ofertando 250 leitos exclusivos para pacientes com Covid-19, sendo 146 de UTI e 104 clínicos. São 164 leitos a mais do que as regiões tinham no mês de dezembro, quando estavam disponíveis 86 leitos para tratamento da doença.
“É muito importante ressaltar que, em dezembro, tínhamos na região 86 leitos, e hoje nós já temos 250 leitos de retaguarda para as regiões do Tapajós e Baixo Amazonas. Hoje, nós já temos duas estruturas que funcionam como Hospitais de Campanha, em Itaituba, no Hospital Regional, e aqui no nosso Hospital Regional de Santarém”, disse Sipriano Ferraz.
Além do HRBA, o Estado ainda conta com mais dois hospitais de referência para tratamento de pacientes de Covid na região: em Itaituba, o Hospital Regional do Tapajós, e em Juruti, o Hospital 9 de Abril.
Lockdown – O governo do Estado decidiu manter as medidas restritivas estabelecidas no Decreto Estadual 800/2020, publicado com alterações no último dia 30 de janeiro. Dentre as restrições, está a permanência do bandeiramento da cor preta no Baixo Amazonas, que está em lockdown há 11 dias. A medida, que deve durar por até sete dias, foi adotada devido ao alto número de internações de pessoas infectadas pelo novo coronavírus registrado na região.
As restrições se aplicam a todos os municípios do Baixo Amazonas, onde 14 cidades devem suspender as atividades não essenciais: Alenquer, Almeirim, Belterra, Curuá, Faro, Juruti, Mojuí dos Campos, Monte Alegre, Óbidos, Oriximiná, Placas, Prainha, Santarém e Terra Santa.