Operação Flora Vindicta desarticulou uma quadrilha que vendia madeira ilegal para outros Estados e cumpriu 13 mandados de busca e quatro de prisão preventiva
A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (Semas) participou com a Polícia Federal, Exército Brasileiro, Força Aérea, Marinha e o Ibama, de uma ação conjunta de repressão a crimes ambientais que fechou 10 serrarias ilegais no entorno da Terra Indígena do Alto Rio Guamá, no Pará, no município de Paragominas, sudeste estadual.
A Operação Flora Vindicta deflagrada na sexta-feira (11) desarticulou uma quadrilha que vendia madeira ilegal para outros Estados sem documentação correspondente. A ação cumpriu 13 mandados de busca e quatro de prisão preventiva. A madeira era escoada para a região nordeste paraense a partir de um porto clandestino no rio Gurupi, fechado durante a ação.
O secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Mauro O’de Almeida, afirma que um dos principais objetivos da operação é desarticular as quadrilhas que agem no interior do Estado. A Secretaria participou com suas equipes da Diretoria de Fiscalização Ambiental e da Assessoria Especial de Inteligência e Segurança Corporativa (AISC).
“A gente visa a não só baixar os números do desmatamento, mas também desmantelar quadrilhas que agem nestas áreas, trabalhando em conjunto com as forças federais, como Polícia Federal, Ibama. Nesse caso, a Semas atuou com sua Assessoria de Inteligência e com sua Diretoria de Fiscalização. A Inteligência da Semas colaborou com informações, através dos sistemas da Secretaria, na elaboração de estratégias e na execução conjunta da ação que rendeu esta apreensão. Atuamos usando nossos sistemas operacionais, usando nossos dados, trocando informações, para que as operações sejam bem sucedidas”, disse o secretário da Semas.
A quantidade de madeira apreendida ainda é aferida pelos técnicos da Semas. Os mandados de prisão preventiva foram cumpridos nos municípios de Mãe do Rio, Capanema e em serrarias no município de Cachoeira do Piriá.
Os detidos podem ser indiciados por organização criminosa, receptação qualificada, falsidade ideológica e crime ambiental, penas que se somadas, podem chegar a 25 anos de reclusão, além de multa. A iniciativa fez parte da Operação Verde Brasil 2, coordenada pelo Ministério da Defesa em apoio aos órgãos de controle ambiental e de segurança pública e que realiza ações preventivas e repressivas contra delitos ambientais na Amazônia Legal.
A determinação presidencial para emprego das Forças Armadas em Garantia da Lei e da Ordem (GLO) foi publicada no Diário Oficial da União, por meio do Decreto n° 10.341, de 6 de maio de 2020. Em 9 de julho, a GLO foi renovada até 6 de novembro, por meio do decreto presidencial 10.421.
Participam da missão integrantes da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio), Força Nacional de Segurança Pública, Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam).
Agência Pará