As vítimas foram brutalmente assassinadas a facadas no dia 22 de fevereiro de 2014, em uma loja de propriedade de Leda, em Itaituba.
O advogado Altair dos Santos, acusado de ser o mandante de um triplo homicídio em Itaituba (PA) em 2014, foi preso na última segunda-feira (17) em San Ignacio de Velasco, na Bolívia, após permanecer foragido por dois anos em Cuiabá, Mato Grosso. O crime que ele é apontado como responsável chocou a comunidade local e envolveu a morte de sua ex-mulher, Leda Marta Lucyk dos Santos, de 40 anos, sua filha Hanna Estela, de 10 anos, e a funcionária da família, Taynara Siqueira.
O Crime
As vítimas foram brutalmente assassinadas a facadas no dia 22 de fevereiro de 2014, em uma loja de propriedade de Leda, em Itaituba. De acordo com a Polícia Civil, o homicídio ocorreu entre 8h e 10h da manhã, e os corpos foram encontrados por volta das 20h do mesmo dia. O alerta foi dado por uma tia de Taynara, que não conseguiu contato com a sobrinha, uma funcionária dedicada que sempre chegava cedo aos sábados. Ao se dirigir até o local, ela se deparou com os corpos e acionou os bombeiros.
A faca usada no crime foi encontrada cerca de 60 metros de distância, em uma lixeira, evidência que ajudou a polícia a identificar os detalhes do assassinato. A investigação apontou que Altair dos Santos, após não aceitar a separação da esposa, teria encomendado a morte dela, da filha e da funcionária. A motivação do crime está diretamente ligada à sua ira pela dissolução do casamento.
Fuga e Prisão
Altair dos Santos se manteve foragido por anos após o assassinato, e em 2022, quando estava sendo procurado pela polícia, fugiu para Cuiabá. Ele foi capturado em março de 2025, na Bolívia, mais especificamente em San Ignacio de Velasco, onde a Polícia Boliviana, em conjunto com as autoridades brasileiras, localizou o advogado. A operação que resultou na prisão de Altair é fruto de um intenso trabalho de cooperação internacional entre Brasil e Bolívia.
Nesta quarta-feira (19), Altair será transferido para o município de Vila Bela da Santíssima Trindade, em Mato Grosso, de onde será conduzido à capital Cuiabá para as providências cabíveis. Após isso, ele será finalmente levado ao estado do Pará, onde será submetido ao julgamento.
Justiça para as Vítimas
Em 2022, a Justiça do Pará havia condenado Djacir Ferreira de Sousa, autor material do triplo homicídio, a 42 anos, 8 meses e 28 dias de prisão. No entanto, a prisão de Altair dos Santos agora completa a investigação e o processo judicial do caso, oferecendo um passo importante para que justiça seja feita para as famílias das vítimas.
O caso de Altair dos Santos é um exemplo de como a justiça pode ser longa, mas também de como a cooperação internacional pode ser essencial para a captura de criminosos foragidos, não importa onde estejam escondidos. As autoridades do Pará, Mato Grosso e da Bolívia continuam trabalhando para garantir que os responsáveis por crimes como este enfrentem as consequências legais de seus atos.
Do Ver-o-Fato, com informações do G1Pará