Extravio de encomendas causou prejuízo superior a R$ 35 milhões nos últimos cinco anos; Delegado da PF fala sobre o caso, assista.

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira, (18/02), a operação VAR, desarticulando uma organização criminosa especializada em furtos de cargas e encomendas. Os crimes eram cometidos contra a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, que apoiou a ação por meio dos Setores de Segurança e Inteligência Coorporativa no Pará e em Brasília.
São cumpridos 42 mandados de prisão e 49 mandados de busca e apreensão nos municípios paraenses de Ananindeua, Belém, Benevides, Bragança, Capitão Poço, Castanhal, Marituba, Moju, Benevides e Igarapé-Açu; além de Maracaçumé, no Maranhão.
Os prejuízos aos cofres públicos, pagos a título de indenizações, desde 2019, superam R$ 35 milhões.

Os Mandados foram expedidos pela 4ª Vara Federal da Seção Judiciária do Pará, que também determinou a suspensão das atividades de lojas que receptavam as cargas furtadas e o bloqueio judicial de valores, que se encontravam em conta dos investigados, com origem delitos praticados.
Dentre os alvos de prisão, há 29 motoristas e ex-motoristas, que eram contratados por empresas terceirizadas que prestam serviços para os Correios, em Linhas de Transporte Nacional com rotas entre São Paulo/SP e Belém/PA e São Paulo/SP e Marabá/PA.
Com o tempo, os investigados se aperfeiçoaram em burlar os sistemas de segurança dos caminhões, como lacres e alarmes, para esconder sua participação nos crimes.
O Delegado da PF, Ricardo Santos, fala sobre o caso.
As ações de furto visavam, principalmente, eletrônicos de maior valor agregado, como celulares, notebooks, tablets e TVs.
As investigações também apontaram a existência de um esquema de receptação e distribuição destes itens, razão pela qual também foram realizadas buscas e apreensões em seis lojas de aparelhos eletrônicos, além de procedida a suspensão das atividades comerciais destes estabelecimentos e efetuada a prisão preventiva de seus proprietários. Um dos alvos de prisão já havia sido preso em 2021 pelo mesmo crime de receptação de cargas roubadas pelos correios e hoje teve duas de suas lojas, com suspeita de serem usadas também em receptação, fechadas pela PF.
O nome da operação, VAR (Video Assistant Referee, o árbitro de vídeo), surgiu a partir do vocabulário usado pelos envolvidos no esquema de furto, que costumavam se referir ao crime usando termos do futebol.
Balanço parcial de apreensões:
Cerca de R$17.000,00 em espécie;
5 veículos;
30 iPhones;
Sacolas de roupas da SHEIN;
Equipamentos eletrônicos diversos: drone, projetores, painel solar, iPads.
Até o presente momentos foram efetuadas 26 prisões.
RDN, com informações da PF
Atualizada às 16h15 com o balanço parcial da PF