Policiais civis e militares foram para as ruas logo cedo para dar cumprimento aos mandados.
Operação “Sem Fronteira” foi deflagrada nas primeiras horas da manhã desta quinta-feira (22) pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) com o apoio da Polícia Militar, em Santarém, oeste do Pará, para cumprimento de mandados expedidos pela Justiça Estadual. Segundo o delegado Germano do Valle, duas pessoas foram presas em Santarém e uma no estado de Goiás.
Segundo o delegado Erik Petterson, titular da DRE, a operação é um desdobramento das investigações iniciadas com a apreensão de uma caminhonete, que ocorreu na noite do dia 25 de maio deste ano, durante operação “Sucuri” coordenada pelo 3º e o 35º Batalhões da Polícia Militar.
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Uma denúncia recebida pelo Núcleo de Inteligência do Comando de Policiamento Regional-1, informando sobre uma caminhonete prata, que estaria transportando uma grande quantidade de entorpecentes, levou os policiais militares à localização do veículo que foi avistado na nova Moaçara. Mas, quando o condutor avistou as viaturas, entrou no bairro Santarenzinho pela rua Angelim e próximo a uma área de mata abandonou a caminhonete e fugiu.
O veículo foi apreendido e nele foram encontrados 99 tabletes de substância entorpecente, totalizando aproximadamente 115 kg de skunk, avaliados em cerca de R$ 2 milhões. Além das drogas, um celular, possivelmente do suspeito, foi apreendido. As drogas estavas escondidas dentro do veículo, em fundo falso da carroceira, na lataria e dentro dos pneus.
As investigações tiveram continuidade e agora foram expedidos mandados de prisão e busca e apreensão, como explica o delegado o comandante do 35º BPM, tenente coronel Eduardo Carvalho.
“Essa operação é um desdobramento em relação a uma grande apreensão de entorpecente que ocorreu alguns meses atrás, daquela caminhonete Hilux. Hoje foram cumpridos dois mandados de prisão, bem como várias diligências de busca e apreensão. Foi um material apreendido com valor em espécie, celulares e outros materiais para posterior investigação e tomada de decisão das forças de segurança. A Polícia Civil fez uma investigação muito bem feita, muito bem trabalhada, muito bem planejada, e deflagrou a operação de hoje com o apoio da Polícia Militar”, disse.
Prisões
De acordo com o delegado Erik Petterson, os presos na operação são: Douglas Pereira Lopes, conhecido como “Zé Douglas” – ele foi preso em Goiás; Joab de Sousa Pinheiro, conhecido como “barba negra” e Rosinaldo Guimarães Barbosa, conhecido como “Surdo”. Esses dois últimos foram presos em Santarém.
Ainda de acordo com o delegado, as investigações apontaram que o Zé Douglas é um dos cabeças da associação criminosa para o tráfico. “Eles traziam a droga que vinha de outro país, na verdade passava por Manaus. De Manaus essa droga chegava aqui em Santarém. Aqui a droga era ocultada em veículos. O Rosinaldo é o dono da oficina. Era ele quem ocultava a droga dentro dos veículos que iam, geralmente, pra Fortaleza, Goiás e outros estados da federação. É assim que funcionava esse tráfico. O Joab é torre do Comando Vermelho. Ele trabalhava em conjunto com o Zé Douglas, mas atuava aqui na coordenação em Santarém para remeter essa droga pra outros estados, explicou.
Durante as investigações, a polícia também descobriu que Joab e Zé Douglas, às vezes também atuavam como batedores dos veículos que faziam o transporte da droga.
Outras pessoas seguem sendo investigadas por suspeita de envolvimento nesse caso de tráfico de drogas e também podem ser presas.
Operação Sem Fronteira
O delegado Germano do Valle, que participou da operação pela 16ª Seccional Urbana de Santarém, falou sobre a origem do nome da operação. “A operação é denominada “Sem Fronteira”, em razão de que essa droga iria para outros lugares da federação, outros estados, inclusive com participação de outras pessoas naqueles estados. E agora está sendo objeto desse inquérito já nessa fase de cumprimento de mandados de busca e apreensão e mandados de prisão preventiva”, disse.
As informações são do g1 Santarém