Diretoria Estadual de Combate a Crimes Cibernéticos do Pará investigou diversos crimes como falsos leilões de veículos e golpes em plataformas
Nos dias 2, 3 e 4 de julho, a Polícia Civil do Pará deflagrou uma grande operação denominada “Guardião Digital” e cumpriu 34 mandados de prisão e 104 de busca e apreensão no Estado de São Paulo contra crimes cibernéticos.
Coordenada pela Diretoria Estadual de Combate a Crimes Cibernéticos (DECCC) do Pará, a operação investigou diversos crimes cometidos no espaço cibernéticos em diversos modus operandi, como falsos leilões de veículos, golpe em plataformas de vendas, tabela pix, invasões de contas de redes sociais, invasões e “clonagens” de WhatsApp e crimes contra vulneráveis, envolvendo pornografia infantil, discursos extremistas, ciberbullying entre outros.
Em São Paulo, o delegado-geral da Polícia Civil do Pará, Walter Resende, ressalta que a operação busca desarticular a rede criminosa e coletar evidências que contribuam para a identificação de mais envolvidos.
“Esta é uma operação coordenada pela Polícia Civil do Pará, da nossa Diretoria Estadual de Combate a Crimes Cibernéticos (DECCC), que identificou no nosso Estado várias vítimas de fraudes digitais, por estelionatários erradicados, aqui em São Paulo. A nossa equipe conseguiu identificar vários desses criminosos, através de uma investigação minuciosa, onde várias vítimas compareceram às nossas unidades, relatando ser vítima de alguma modalidade”, explicou o delegado-geral paraense.
A ação ocorreu em 12 municípios, como Santo André, São Bernardo dos Campos, Guarujá, Osasco, São José do Rio Preto, Diadema, Praia Grande, além da Região Metropolitana. São cerca de 2.860 km de distância entre as vítimas e os criminosos, o que demonstra o extenso potencial danosos e o alcance que os crimes cibernéticos possuem.
Além de São Paulo, também foram identificados os mesmos golpes nos Estados do Piauí, Maranhão, Tocantins, Goiás e Acre.
O titular da PC ressalta os cuidados necessários para evitar que pessoas sejam vítimas desse tipo de golpe.
“A gente alerta para que se tenha cautela. É preciso ficar atento para o anúncio disponibilizado que apresenta uma vantagem muito grande, avaliar as plataformas que são criadas e trazem a foto da pessoa, do veículo. E o mais importante, registrar o boletim de ocorrência para que a Polícia Civil, através da sua diretoria especializada possam prender os criminosos”, disse o delegado-geral, Walter Resende.
Foto: DivulgaçãoDurante a ação foram apreendidos diversos celulares, dólares, documentos e computadores que já passam por análises e perícias para a conclusão das investigações. A extração foi realizada in loco. Um diferencial que agiliza o trabalho da Polícia Civil, como explica o perito Ibsen Maciel.
“Após a apreensão dos telefones celulares, a gente colocou ele na ferramenta de perícias forense para que seja feita a extração in loco e agilizar o laudo que sai pronto praticamente no mesmo dia”, disse o perito Ibsen.
A ação para o cumprimento das prisões, buscas e apreensões contou com o apoio da Polícia Civil do Estado de São Paulo.
O delegado-geral de São Paulo, Artur Dian, falou da parceria entre as polícias para o combate a esse tipo de crime.
“Uma investigação robusta onde as equipes do Pará com o apoio da polícia de São Paulo efetuaram em diversas localidades prisões e apreensões no combate a esse tipo de crime”, disse o delegado.
Agência Pará