Projeto incentiva o empreendedorismo de produtores da agricultura familiar, em Oriximiná

Iniciativa da MRN aumenta procura por produtos locais e garante novos clientes aos moradores.
Foto: Divulgação/assessoria

Dázio Araújo é morador da Comunidade Ascenção, localizada na zona rural do município de Oriximiná, região Oeste do Pará. Ele tem acompanhado de perto o desenvolvimento da localidade onde mora e o crescimento da geração de renda por conta da venda de farinha e de outros produtos derivados da mandioca. Essa atividade tem se aperfeiçoado entre os produtores por meio do Projeto de Apoio à Agricultura Familiar, desenvolvido pela Mineração Rio do Norte (MRN), que oferece cursos de capacitação, oficinas e visitas técnicas, com foco nas culturas tradicionais das famílias.

“Estou neste projeto desde quando iniciou aqui na comunidade. Hoje, o local em que a gente trabalha está mais organizado por conta das melhorias feitas pelo projeto. É a partir da agricultura familiar e da farinha que vem a renda para sustento da minha família. Cada curso que a gente participa, aprendemos uma coisa”, comentou Dázio que também tem acompanhado o trabalho da assessoria técnica, contratada pela MRN, para a legalização da cooperativa comunitária, importante medida para acessar novos mercados e oportunidades.

Os produtores também recebem apoio para a reforma nas casas de farinha, garantindo conformidade com a legislação e a produção de alimentos seguros e de alta qualidade. Ainda no escopo do Projeto de Apoio à Agricultura Familiar estão sendo planejadas ações para garantir um plantio bem-sucedido de mandioca, evitando a falta de raízes na próxima safra, assim como o desenvolvimento de um curso de produção de óleos vegetais, visando diversificar a oferta de produtos com espécies nativas como tucumã, piquiá e coco.

Para 2024, uma das metas do projeto é investir no fortalecimento da agricultura familiar focando em ações de capacitação para a melhoria da extração de óleos vegetais, como de andiroba, uma atividade que há gerações gera renda na comunidade. “O projeto busca diversificar a propriedade rural, levando em consideração atividades que fazem parte da cultura local, como é a cultura de extração de óleos vegetais. Através das capacitações iremos orientar e incentivar melhorias que poderão ser realizadas na metodologia de extração, assim como na embalagem, precificação e mercado consumidor, explica Geineses Garcia, engenheira agrônoma e consultora do projeto.

Qualificação reconhecida

O Projeto de Agricultura Familiar da MRN tem trazido resultados significativos. A comunidade Ascenção hoje é conhecida pela qualidade de seus produtos e conquistou prêmios de melhor farinha de Oriximiná nos anos de 2023 e 2024. Este reconhecimento reforça a eficácia do projeto, que incentiva práticas aprimoradas na extração, embalagem e precificação dos produtos. Ana Lúcia de Menezes, moradora da Comunidade Ascenção e que participa do projeto há 7 anos, celebrou a vitória que, segundo ela, possibilitou aumento no número de clientes. “No mês de maio teve o concurso de melhor farinha de Oriximiná e nós vencemos. Conseguimos mais clientes e muitos se admiram de ver tudo perfeitinho nos produtos da Ascensão. Para nós, isso é gratificante”, afirmou.

Foto: Divulgação/assessoria

Segundo o produtor Lázaro de Souza, o projeto valoriza as tradições locais, sem deixar de lado a geração de renda e melhoria na qualidade de vida dos comunitários. “Ele (projeto) trouxe várias informações para melhorar nossos produtos. Além da farinha de mandioca e da farinha de tapioca, a gente produz o beiju e outros produtos que tiramos da mandioca. Esses cursos que a MRN trouxe foram muito bons para o incentivo da agricultura aqui na comunidade”, comentou.

Genilda Cunha, analista de Relações Comunitárias da MRN e coordenadora do projeto, destaca que a iniciativa gera valor aos produtos comercializados pelos produtores da Comunidade Ascenção, além de torná-los capazes de negociar com novos mercados. “As atividades agregam qualidade aos produtos e maior aceitação do público com uma opção de farinha sustentável, de qualidade e com preço justo. Essas melhorias são construídas a partir das trocas entre os saberes tradicionais e técnicos, aliados a um planejamento estratégico”, pontuou. 

Por: Tiago Furtado/assessoria MRN