HMS inicia participação em projeto de telemedicina em UTI com o Hospital Albert Einstein

O objetivo é reduzir o tempo de permanência dos pacientes na UTI através da colaboração médica via telemedicina.
Divulgação: HMS

O Hospital Municipal de Santarém Dr. Alberto Tolentino Sotelo (HMS) iniciou sua participação, nesta semana, no Projeto Telescope Trial II, uma iniciativa do Ministério da Saúde através do PROADI-SUS, em parceria com o Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE). O Telescope II tem como objetivo aprimorar os cuidados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), por meio da colaboração entre equipes médicas via telemedicina.

A iniciativa  utiliza a telemedicina como uma ferramenta para facilitar a troca eficaz e segura de conhecimentos entre as equipes multiprofissionais dos hospitais envolvidos, visando discutir casos de pacientes com maior precisão. Além disso, há um foco na capacitação dos profissionais do HMS. Recentemente, a equipe realizou uma visita ao Hospital Albert Einstein para conhecer a infraestrutura e ampliar o aprendizado. Em seguida, a equipe do Hospital Albert Einstein visitou Santarém.

Durante as visitas multiprofissionais via telemedicina à UTI, a equipe do HIAE trabalha em conjunto com a equipe do HMS para discutir casos clínicos, avaliar pacientes e tomar decisões em conjunto.

Treinamento

O projeto começou a rodar no HMS na segunda e terça-feira, após a equipe do HIAE, composta pela médica intensivista Carolina Keiko Yamamoto Honda, a enfermeira Thais Mirian Dalzogo e a fisioterapeuta Caroline Ayres Scheidt, realizarem uma série de treinamentos e simulações no Hospital Municipal. A programação, que aconteceu em dois dias, abrangeu tanto o período da manhã quanto da tarde, com o objetivo de familiarizar a equipe do HMS com os processos do projeto.

Na ocasião, as equipes participaram de simulações de visitas multiprofissionais.

“A ideia é simular a televisita, como se estivéssemos à distância, mas na realidade estaremos ao lado do leito, trabalhando em conjunto com as equipes locais”, explica a médica Carolina Honda. Após esses dois dias de treinamento, a equipe do HMS iniciou os atendimentos aos pacientes da UTI com a colaboração dos profissionais do Hospital Einstein, via telemedicina, nesta quarta-feira (10).

“Esse projeto vai englobar 25 UTI’s no Brasil inteiro, com abrangência de aproximadamente 18 a 25 mil pacientes. Hoje estamos iniciando o Telescope aqui no HMS e esperamos que isso traga muitos benefícios”, destacou a médica intensivista Carolina Keiko.

A implementação do projeto Telescope II no HMS traz a expectativa de melhoria no atendimento ao paciente. Por meio da interação direta entre os especialistas do hospital municipal e os do hospital Albert Einstein, busca-se ampliar as possibilidades de tratamento e consolidar o diagnóstico a múltiplas mãos. Essa iniciativa reflete diretamente na experiência do paciente, oferecendo cuidados mais precisos e personalizados, fundamentais para uma recuperação mais rápida e eficiente.

Para a supervisora de UTI do HMS, Nádia Castro, o projeto deve melhorar a rotatividade de leitos na unidade.

“A partir dessas visitas multiprofissionais via telemedicina com a equipe do Albert Einstein, a expectativa é que essa troca de experiências possa nos dar uma visão mais holística e consequentemente a adoção de um tratamento mais assertivo”, destacou.

O secretário de saúde, Albino Luciano, destaca a importância dessa parceria para aprimorar os serviços de saúde oferecidos.

“Estamos muito felizes com essa parceria, que certamente contribuirá para beneficiar a população. Iniciamos o projeto com uma série de capacitações, que incluem módulos como visitas de intercâmbio, reuniões online e outras atividades. A telemedicina desempenha um papel crucial nesse processo, pois permite uma conexão contínua entre as equipes. Isso certamente resultará em melhorias significativas em nossos atendimentos. Muitas doenças são específicas da região amazônica, e a presença dos especialistas nos ajudará a entender melhor essas realidades locais e a aprimorar os diagnósticos. Essa colaboração é fundamental para o nosso trabalho. Por exemplo, a presença deles aqui permite que discutamos juntos casos de pacientes e esclareçamos dúvidas, o que é extremamente valioso”, enfatizou.

Ascom PMS