Hospital do Baixo Amazonas e Santa Casa realizam captação de fígado e rins

Parceria entre médicos dos dois hospitais assegurou a captação dos dois órgãos pela do HRBA, em Santarém. Esse é o terceiro procedimento do ano.
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Referência em captação de órgãos desde 2012, o Hospital Regional do Baixo Amazonas Dr. Waldemar Penna (HRBA), em Santarém, oeste do Pará, realizou mais um procedimento de captação, na quinta-feira (4). Foi a terceira captação do HRBA em 2024.

A equipe médica do Regional de Santarém contou com a parceria de três médicos da Santa Casa do Pará, de Belém, para realizar a captação de fígado, além dos rins doados por um homem de 52 anos, que teve o diagnóstico de morte encefálica confirmado. “Neste caso, fizemos também a captação de fígado. Uma equipe de fora veio para fazer a captação desse órgão que é extremamente importante”, explicou o coordenador da Organização de Procura de Órgãos (OPO) Tapajós, Antônio Carlos Silva.

Referência – Desde 2012, o HRBA é habilitado pelo Ministério da Saúde para as captações e conta com a Organização de Procura de Órgãos (OPO) Tapajós. Hoje, um médico, dois enfermeiros e uma assistente administrativa fazem parte da OPO, que trabalha na busca ativa de potenciais doadores, no apoio ao diagnóstico de morte encefálica e no acolhimento e consentimento da família para a doação.

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Já foram captados na unidade 186 órgãos, sendo 97 rins, 73 córneas, 12 fígados e quatro corações, em um total de 52 procedimentos de captação. 

“O Regional já tem uma larga experiência nesse trabalho. E a cada captação dessa, você retira pessoas do tratamento de hemodiálise, ou muda a vida de alguém que tem risco de saúde iminente e precisa de um fígado. Ou com problema visual, no caso das córneas. Então, várias pessoas se beneficiam com uma captação”, destacou o médico Antônio Carlos.

Como ser um doador – Para ser um doador de órgãos após a morte, é necessária a realização de um rigoroso protocolo médico que vai determinar se o paciente teve morte encefálica, que consiste na parada irreversível das funções do cérebro.

Hoje, quem autoriza a doação em caso de morte encefálica é a família do paciente. Mas desde a última terça-feira (2), qualquer pessoa pode manifestar essa vontade preenchendo um formulário online no site www.aedo.org.br ou acessando o aplicativo do Conselho Nacional de Justiça. A ideia é garantir que os parentes e o sistema de saúde tenham conhecimento da decisão.

“Nesses casos, a família tem muita sensibilidade, ela que autoriza a doação, pela legislação. É uma forma até de ver o seu ente em uma outra pessoa, ajudando a manter uma vida. Acaba contribuindo para nova vida do doador em outra pessoa. É um gesto de solidariedade, de amor ao próximo”, concluiu o coordenador da OPO Tapajós. 

Serviço: O HRBA é referência em média e alta complexidade para uma população de 1,4 milhão de pessoas residentes em 29 municípios, e presta serviço 100% referenciado, atendendo à demanda originária da Central de Regulação do Estado.

A unidade pertence ao Governo do Pará, sendo administrada pelo Instituto Social Mais Saúde, em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), e fica localizada na avenida Sérgio Henn, nº 1100, no bairro Diamantino, em Santarém.

Texto da Ascom / HRBA