O caso aconteceu por volta das 15h de segunda (6). De acordo com a polícia, os indígenas queriam que além do pescado, todo equipamento dos pescadores fosse apreendido.
Órgãos de segurança e do meio ambiente foram acionados para ir até à comunidade Cajutuba, em Belterra, no oeste do Pará, para resolver um conflito envolvendo indígenas e pescadores. O caso aconteceu por volta das 15h de segunda (6).
De acordo com a Polícia Militar, a guarnição foi acionada para atender a uma ocorrência referente à apreensão de pescado.
Ainda segundo a PM, indígenas estavam tumultuando a atuação dos agentes do ICMBio. Isso porque, os indígenas queriam se apropriar das bajaras dos pescadores, alegando que o agente do ICMBio havia favorecido os mesmos e que não deveriam prender somente pescado e sim todo o equipamento.
Para solucionar o conflito, a Polícia Federal foi acionada e os pescadores foram liberados. Os indígenas ficaram à disposição da Polícia Federal para procedimentos cabíveis.
Indígenas denunciam pesca predatória
De acordo com indígenas Kumaruaras, o que tem acontecido é que pescadores estão descumprindo o acordo de pesca vigente naquela área. Por esse motivo, os órgãos foram acionados para averiguar o fato.
À TV Tapajós, o agente de fiscalização da Semma, Romisson Sousa, contou que os pescadores estariam em aproximadamente 13 bajaras pescando espécies abaixo do peso ideal, jogando peixes, causando muita revolta entre os comunitários.
“Ao chegar próximo do local, percebemos que as bajaras estavam se deslocando, em fuga, para fugir da fiscalização. Conseguimos fazer a abordagem no meio do rio, agrupamos todas as bajaras para fazer a acariação”, contou o agente da Semma.
De acordo com lideranças indígenas casos de pesca predatória tem sido registrados ha pelo menos um mês. Tainan Kumaruara explica que sempre que os órgãos eram acionados para averiguar as denúncias, os pedidos não tinham respostas.
“A gente vem aqui relatar e denunciar também esses órgãos porque apesar da gente ser diretamente lesados com a pesca predatória, ainda tem a omissão dos órgãos. O trabalho já tinha sido feito, as bajaras já tinham sido apreendidas e tivemos que liberar porque não temos competência pra notificar, autuar e muito menos apreender”, contou Tainan.
Tainan contou ainda que antes de liberar as bajaras, foi feito um trabalho de educação ambiental com os pescadores para que eles saibam que existe um acordo de pesca na área.
“Aqui nessa área tem um acordo de pesca que precisa ser cumprido e que nós estamos vigilantes”, completou Tainan.
Indígenas denunciam prática da pesca predatória em comunidades de Belterra
https://globoplay.globo.com/v/12094502/
Fonte: g1 Santarém