Ao todo, seis comunidades estão localizadas na área.
Para aumentar a confiabilidade da navegação, o processo de dragagem para a manutenção do
rio Amazonas, no município de Juruti, no oeste do Pará, deve ser iniciado no mês de setembro.
A área onde vai acontecer a manutenção é na região do Maracassú, na ilha do Macacaúba, em
frente à cidade, para permitir que as embarcações maiores possam entrar e sair sem riscos de
encalhar. Ao todo, seis comunidades estão localizadas na área.
A ideia é retirar o excesso de sedimentos apenas em pontos críticos, que são locais onde existe
potencial de restrições para a navegação no período de estiagem por falta de profundidade
adequada. A elaboração de um Plano Conceitual de Dragagem é um requisito legal
estabelecido no Artigo 3º da Resolução Conama nº 454/2012. A dragagem no canal será
realizada para garantir a trafegabilidade segura das embarcações, independentemente das
épocas de cheia ou de seca do rio Amazonas.
Importância
Historicamente, o leito do rio tem sofrido mudanças por conta do assoreamento e
consequentemente, isto tem afetado a navegação, não só dos navios da Alcoa, mas também
da navegação comercial de cargas e passageiros, além da navegação ribeirinha. São décadas
de mudanças, surgimento de ilhas, bancos de areias ou assoreamento do canal e que têm
aumentado o risco de acidentes na navegação.
“O rio amazonas é um grande carreador de sedimentos, como podemos observar por suas
águas turvas. Esses sedimentos são compostos principalmente por areia que vai ficando
acumulada lá no fundo e criam obstáculos que impedem a passagem das grandes
embarcações como os navios de cargas. O objetivo é remover o excesso destes sedimentos e
garantir maior navegabilidade”, destaca Josiane Rosa, Coordenadora Regional de
Biodiversidade da Alcoa.
O serviço é importante para a hidrovia porque aumenta a confiança para navegar. Quanto
maior a profundidade, mais segura fica a navegação no trecho, evitando riscos de impacto
ambiental por abalroamento ou encalhe de navio. A continuidade do processo de
assoreamento e sedimentação da área de navegação nas proximidades dos terminais
portuários pode inviabilizar as atividades da região.
O que vai ser feito é uma dragagem de manutenção, que é recomendada para casos em que a
remoção de material assoreado depositado nos corpos hídricos se faz necessária, além de
colaborar na manutenção das profundidades dos canais de navegação. Ou seja, o objetivo
desobstruir o canal já existente, assegurando que ele mantenha a profundidade que tinha
antes.
Tecnologia
As dragas Hopper possuem propulsão própria e contêm cisternas que armazenam o material
dragado no interior dos seus cascos. Está equipada com um ou dois tubos de sucção, ligados às
cabeças de arrasto, sugando e transportando o material para as cisternas enquanto a draga
avança lentamente. Após estar totalmente carregada, a embarcação dirige-se até ao local de
disposição, onde o material dragado é descarregado.
É importante destacar que este tipo de equipamento não ‘cava’ o rio. O mecanismo utilizado
causa menos impacto ambiental. “É um tipo de equipamento que suga o excesso dos
sedimentos e coloca em outro local, dentro do rio, para não perder e não retirar o material do
ambiente natural. Por isso, também não deve interferir nas passagens dos animais no fundo do
rio. Quando a atividade estiver acontecendo, a água deve ficar um pouco mais turva, como
falamos, um ‘rebujo’, que deve sumir, naturalmente, depois de alguns dias”, conclui Josiane
Rosa.
Licenciamento Ambiental
Essa atividade de dragagem foi licenciada pela SEMAS, órgão ambiental do estado do Pará. A
atividade deve ser controlada pelos seguintes programas ambientais e sociais:
● Programa de monitoramento de qualidade de água
● Programa de monitoramento de sedimentos
● Programa de monitoramento de ruído
● Programa de afugentamento e resgate de fauna aquática
● Programa de monitoramento da biota aquática (composto por ictiofauna, mamíferos
aquáticos, quelônios e crocodilianos, Fitoplâncton, Zooplâncton e Macroinvertebrados
Bentônicos)
● Programa de apoio a comunidade pesqueira
● Programa de Comunicação social
● Programa de Educação Ambiental
Segurança
As comunidades, organizações e governo municipal estão sendo envolvidos para que os
impactos sejam os menores possíveis. Comunitários, pescadores e população em geral estão
sendo informados e orientados.
Estão acontecendo reuniões nas comunidades e Alcoa também disponibilizou um número de
telefone para que qualquer pessoa que tiver dúvidas, sugestões ou reclamações possa ligar e
entrar em contato para falar sobre a dragagem (93) 99244 5366.
A Alcoa tem se preocupado com a segurança da navegação durante o processo. A área deve
ser toda sinalizada, garantindo que embarcações de grande ou pequeno porte possam
continuar navegando em seus itinerários de forma segura até o fim das atividades.
Comunicação Alcoa