A partir do segundo trimestre de 2024, o PIX poderá ser usado sem internet e em débitos automáticos, para o pagamento das chamadas obrigações recorrentes, como energia elétrica, taxa de condomínio e plano de saúde
A partir do segundo trimestre do ano que vem, o PIX poderá ser usado em débitos automáticos, para o pagamento das chamadas obrigações recorrentes, como energia elétrica, taxa de condomínio e plano de saúde. A notícia faz parte do Relatório de Gestão do PIX, divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central.
“Todas as instituições que ofertam PIX poderão entrar no PIX Automático”, disse o diretor do BC, Renato Gomes, falando sobre a nova funcionalidade desse instrumento.
Outra novidade prevista no documento, ainda sem data para começar, é a realização de operações via PIX sem internet, o que é impossível atualmente. A medida tem por objetivo facilitar o pagamento de pedágios, transporte público e outros serviços.
“O Pix Automático será desenvolvido de forma bastante flexível, para atender a multiplicidade de negócios em suas diferentes necessidades (…), estimulando a competição”, diz o relatório.
Pessoas físicas e microempreendedores individuais (MEIs) terão um limite padrão de R$ 1 mil para transações que ocorram das 20h às 6h. Essa medida vale para Pix, mas também para TEDs, transferências entre contas do mesmo banco e cartões de débito. Se desejar, o cliente pode aumentar esse limite.
Bancos e outras instituições financeiras terão prazo mínimo de 24 horas e máximo de 48 horas para efetivar pedido de aumento do limite de transações feito por canal digital. Até então, o prazo para aumento de limite do Pix variava entre uma hora e o dia útil seguinte.
Os clientes poderão estabelecer limites diferentes, por transação, para os períodos diurno e noturno.
As instituições financeiras poderão reter transações para análise de risco por 30 minutos, durante o dia, ou 60 minutos, durante a noite
“Dada a maior quantidade de agentes aptos a oferecer a solução aos recebedores, espera-se que o custo também seja menor do que o atualmente observado na oferta de serviços similares”, destaca o documento.
Desde o lançamento do PIX, em novembro de 2020, pouco mais de 60% das operações no Brasil foram de valores inferiores a R$ 100. Porém, dados de dezembro de 2022 chamam atenção: em um único mês, o total transferido foi de R$ 1,2 trilhão.
Entre os pontos positivos do PIX, destacados pelo Banco Central, um deles é a inclusão bancária. De acordo com o relatório divulgado nesta segunda-feira, com o surgimento dessa modalidade, 71,5 milhões de pessoas passaram a usar o pix. “Com isso, essas pessoas passaram a fazer parte do sistema financeiro nacional”, afirmou Gomes.
PARA ENTENDER
– Em 2021, o volume total de operações correspondeu a R$ 5,2 trilhões. No ano seguinte, em 2022, o valor subiu para R$ 10,9 trilhões.
Com informações da Agência Globo