Estratégia envolve a realização de treinamentos e visitas constantes nas áreas de cultivo
Produtores de hortaliças em Juruti, no oeste do Pará, estão conseguindo melhorar o desempenho da atividade por meio de assistência técnica e livre de agrotóxicos. O apoio da Cooperativa da Produção Familiar de Juruti (COOFAJUR) têm ajudado a fazer a diferença nos resultados. A estratégia envolve a realização de treinamentos constantes e o mais recente ocorreu na sexta-feira (14) na Casa do Empreendedor local, quando foram abordadas as boas práticas de higiene e manipulação de alimentos.
“É um conhecimento de extrema importância para eles que trabalham diretamente com a produção, considerando que eles são responsáveis pelo cultivo de hortaliças aqui do município. Hortaliças são importantes para a alimentação por serem ricos em fibras e diversos nutrientes que agregam a saúde do consumidor e foram abordados diversos cuidados para a higiene do manipulador, do ambiente e os cuidados com água e controle de pragas e vetores”, destaca a nutricionista Maukirane Murielle Oliveira.
A entidade reúne hoje cerca de 50 produtores, dos quais 30 mantêm o cultivo de hortaliças, que abastece Juruti. A produção familiar tem sido realizada em espaços pequenos, que chegam a meio hectare na área rural, sendo possível ser cultivado também na área urbana, nos quintais das casas.
A assistência inclui visitas periódicas de um técnico nas hortas para verificar o manejo e combate às pragas. Tudo é feito de maneira orgânica com irrigação e sem uso de agrotóxicos. A produção já alcança a marca de 10 toneladas de alimentos por mês que vão para os mercados e feiras, atendendo também a demanda do setor mineral. Com mais de 2 mil funcionários entre diretos e indiretos, dezenas de empresas, entre elas a Alcoa, atuam no município e uma grande quantidade de refeições é servida diariamente.
“Dois dias na semana, o carro da cooperativa faz a coleta do produto, que passa por uma seleção rigorosa e de limpeza que separa o que vai abastecer os mercados e o que vai para as empresas e hospitais. Fornecer para o setor da mineração tem sido muito positivo, por ser um comprador com demanda fixa, que envolve muitas pessoas e isso é muito bom para quem vende, para o produtor que já conta com um dinheiro certo”, ressalta Jonhson Pantoja técnico em agropecuária da COOFAJUR
Francisco Gomes é um dos produtores de couve e alface da cooperativa. Afastado do antigo emprego por conta de um problema de saúde, ele viu no cultivo de hortaliças um recomeço. Há dois anos mantém uma plantação em um terreno ao lado de sua casa, na área urbana de Juruti, conhecida como P1.
No local, já produz algo em torno de 1.700 maços por mês. A crescente demanda fez com ele buscasse ampliar o negócio e uma segunda propriedade, desta vez na área rural, está sendo preparada para receber o cultivo de hortaliças e de outros produtos, diversificando o fornecimento.
“Por muitas vezes eu pensei em parar, mas com o apoio da cooperativa a gente recebeu o incentivo e me associei. A Cooperativa sempre tem disponibilizado um técnico para orientar nas instruções de como se planta e na adubação. A satisfação é muito grande em produzir porque alimenta as pessoas da minha casa, assim como alimenta também várias pessoas na cidade”, conclui Francisco.
Com informações da assessoria/Weldon Luciano