Em Óbidos, Semma inicia estudos em área que deve abrigar o aterro sanitário do município

Área de 50 hectares, fica a aproximadamente 13km do município, na comunidade Tiradentes.

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) segue com a execução do planejamento para efetivar o Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos (PMGIR), que traça diretrizes e estratégias que o município adotará nos próximos anos em busca da sustentabilidade ambiental, econômica, financeira na gestão e gerenciamento de resíduos sólidos.

Nesse sentido, uma vista técnica foi realizada nos primeiros dias do mês de março, na área de 50 hectares onde o aterro deve funcionar, na comunidade Tiradentes, distante 13km da sede do município.

Na oportunidade, sete pontos foram visitados, considerando os aspectos socioeconômico, ambiental e a legislação ABNT-13896, que rege as condições mínimas exigíveis para o projeto, implantação e operação de aterros de resíduos não perigosos, protegendo adequadamente as coleções hídricas superficiais e subterrâneas próximas, assim como os operadores destas instalações e populações vizinhas.

Após o diagnóstico das áreas, a empresa Sand Projetos Ambientais e Geologia LTDA foi contratada para realizar os estudos de sondagem SPT do terreno de 15m.

Na terça-feira (28) iniciou o estudo de amostragem e sondagem do terreno, que vai subsidiar o laudo de caraterização geológica com ART, do parecer técnico-ambiental a respeito de uma sequência de estudos feitos sobre a caracterização geológica e hidrogeológica da área, com potencial para abrigar o primeiro aterro sanitário de município.

A geóloga Dayara Palheta explicou que o levantamento deve mostrar se o solo em questão atende as condicionantes para a implantação do aterro na área.

“A importância de realizar esse levantamento é saber se alcançaremos uma camada adequada para que não haja o espalhamento do chorume”, detalhou a geóloga da Semma Óbidos.

O objetivo do levantamento é identificar se o que está na superfície do solo atenderá às condicionantes das normas exigidas para a instalação desse tipo de empreendimento.

Os critérios que estão sendo avaliados nessa etapa do projeto, estão relacionados à vida útil de no mínimo 20 anos para a operação na área, densidade populacional, distância recomendável de 5km de áreas habitadas, distância da localização da captação de água para abastecimento público, distância mínima de 300m para estradas, distância mínima de 13km para o aeroporto, profundidade recomendável de 8m para o lençol freático medido durante a época de maior intensidade de chuva, e outras 13 especificações técnicas obrigatórias para a instalação do aterro.

Railon Marinho, engenheiro ambiental da Semma, explica que o Plano de Resíduos começou a ser preparado em agosto de 2022 e desde então foram realizados estudos de composição de resíduos gerados pelo município.

“Além da fase de gravimetria, houve também a aplicação de questionários, tanto na zona urbana quanto na zona rural, tudo isso contribui para que o Plano seja implementado. São estudos complexos e hoje nós chegamos a uma fase importante, agora queremos dar continuidade para implantar esse aterro sanitário, que é uma solução para o descarte de resíduos sólidos”, destacou o engenheiro.

Todo o trabalho passará ainda por um processo de consulta pública, e a implantação do aterro, passará pela fase de licenciamento da área e depois a fase de processos executivos.

Fotos: Divulgação/ Cleidison Ramos/ ASCOM-PMO

Por: Érique Figueirêdo/ ASCOM-PMO