Distúrbio é mais comum em idosos, mas pode acometer pessoas de todas as idades. Caracteriza-se pela dificuldade de engolir ou deglutir.
O nome pode parecer estranho, mas o distúrbio é mais comum do que se imagina. Segundo a literatura médica, 16% a 22% da população acima de 50 anos no Brasil, e de 70% a 90% das pessoas idosas, sofrem de disfagia, que é a dificuldade de engolir ou deglutir alimentos, água e a própria saliva.
Os números expressivos fizeram o dia 20 de março ser instituído como o Dia Nacional de Atenção à Disfagia desde 2010. O Hospital Regional do Baixo Amazonas “Dr. Waldemar Penna”, em Santarém, Oeste do Pará, é referência em média e alta complexidade para uma população de 1,4 milhão de habitantes de 30 municípios. A fonoaudióloga da unidade, Patrícia Leal, alertou para os sintomas mais comuns do problema.
“Sensação de alimentos parados na garganta, como se fosse um bolo. Engasgo, tosse ou pigarro durante as refeições; dificuldade para engolir ou mastigar, e dor na hora de engolir. Ao menor sinal desses quadros é importante procurar um fonoaudiólogo. Quanto mais cedo tiver um diagnóstico, melhor”, orientou a especialista.
O distúrbio é mais comum em idosos, mas também acomete pessoas de qualquer idade, e pode ter relação com doenças neurológicas – como AVC, demência, doença de Parkinson -, câncer de cabeça e pescoço, outros tumores ou problemas esofágicos. “Muitas vezes, por causa da idade mesmo, o idoso perde musculatura, perde força, e aí começa a sentir dificuldade na hora das refeições. Então, é comum que eles comecem a evitar alimentos mais sólidos, preferindo os mais pastosos ou líquidos, o que não é o ideal”, explicou.
O fonoaudiólogo é o profissional que vai fazer a primeira avaliação do paciente com disfagia e, geralmente, este deverá ser acompanhado por uma equipe multiprofissional durante o tratamento. “Cada caso é um caso. Tem pacientes que precisam ir para a sonda de alimentação, através da gastrostomia. Outros a gente consegue reabilitar, fazendo terapia, exercícios. Precisa da avaliação. Por isso, a procura por ajuda nesses casos é tão importante, para não haver piora no quadro”, afirmou a fonoaudióloga Patrícia Leal.
Caso não seja tratada adequadamente, a disfagia pode acarretar a desnutrição e a desidratação do paciente. Além do acompanhamento, são indicados para quem sofre do distúrbios alguns cuidados, como comer devagar, mastigando bem os alimentos; sentar ereto ao comer; optar por alimentos mais macios, evitando os secos; dar mordidas menores durante as refeições e evitar deitar logo após se alimentar.
Serviço: O HRBA é referência em média e alta complexidade para uma população de 1,4 milhão de pessoas residentes em 30 municípios, e presta serviço 100% referenciado, atendendo à demanda originária da Central de Regulação do Estado.
A unidade pertence ao Governo do Pará, sendo administrada pelo Instituto Social Mais Saúde em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), e funciona na Avenida Sérgio Henn, nº 1100, no bairro Diamantino, em Santarém.
Ascom/HRBA