Projeto foi apresentado durante a reunião do GGI/DRS.
A produção de juta e malva no Baixo e Médio Amazonas está sendo desenvolvida por meio do fortalecimento da produção de sementes e fibras em alguns estados da região Norte. As ações contam com o apoio da Companhia Têxtil de Castanhal em municípios vizinhos, como Alenquer e Juruti e as oportunidades foram apresentadas aos representantes do Grupo de Gestão Integrada para o Desenvolvimento Regional Sustentável (GGI/DRS), em reunião realizada nessa quinta-feira (16). Um dos encaminhamentos propostos pelo prefeito Nélio Aguiar é que a Prefeitura de Santarém, por meio da Secretaria Municipal de Planejamento, Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Tecnologia (Semdec), coordene um grupo de trabalho para estudar os processos para a retomada da produção da juta em Santarém.
O cultivo da juta é responsável por levar renda para as famílias do interior da Amazônia. Como os terrenos de plantio são pequenos, a produção de juta é realizada manualmente por famílias de ribeirinhos. Atualmente, centenas de famílias nos Estados do Amazonas e Pará têm na juta sua principal fonte de renda.
A engenheira agrônoma Vivian Lameira, da Companhia Têxtil de Castanhal, ressalta que a retomada da safra nacional é um dos objetivos do projeto. “Hoje, 80% da nossa matéria-prima é importada e nossa intenção é fazer a inversão desse valor que é 20% nacional, chegando a 80% a 90% de produção nacional. Aqui na região, o projeto é voltado para a produção de fibra, tanto de malva, quanto de juta, considerando as especificidades de cada local e a intenção é envolver produtores, com a perspectiva de gerar renda e criar oportunidades, paralelamente, às outras atividades que esse produtor já realiza”.
No polo do Baixo e Médio Amazonas, a empresa está ajudando a desenvolver o plantio da juta e da malva. Com mais de R$ 290 mil em investimentos e assistência técnica, municípios da região, que tinham a tradição do plantio das respectivas culturas, têm respondido de maneira satisfatória sobre essa retomada da produção.
“Desde de 2018 que já estamos trabalhando nesta região, hoje buscamos parcerias para fortalecer o projeto. Temos o apoio de algumas instituições, mas falta apoio financeiro e logístico. Agora, com essa abertura aqui no GGI, acredito que vai nos favorecer nesse sentido. Nossa proposta é buscar o apoio logístico dentro dos municípios, hoje, por exemplo, as Prefeituras têm maquinários para trabalhar a agricultura familiar. Então nós precisamos desse material, em campo, em prática, para preparar, por exemplo, as áreas, amenizar custos e estimular a produção. Hoje, também, buscamos o apoio de instituições financeiras para que o produtor tenha um aporte para iniciar esse projeto, porque o pequeno produtor não tem condições de arcar com certas despesas”, explica Eronilson Guimarães, técnico em Agropecuária e coordenador do projeto na região do Baixo e Médio Amazonas.
Para o presidente da Associação dos Produtores de Juta da região do Baixo Amazonas, Marcos Gantus, apresentou-se viabilidade em relação à retomada do projeto, colocando o ribeirinho como participante.
“Mostramos para todos a necessidade que o ribeirinho tem de produzir a juta, já que a maioria deles trabalha com o pescado. Nesse período do defeso que a juta entra, a ideia é que eles possam ter mais uma renda, já que a compra é garantida, o preço é fixo e isso trará mais oportunidades para todos os municípios da região”, afirma o produtor.
Ainda durante o GGI, o prefeito Nélio Aguiar apresentou informações sobre o balanço de 2022, em relação às diversas áreas da gestão, e prospectou novos investimentos para o ano de 2023, com o apoio da bancada parlamentar do estado do Pará no Congresso Nacional. A reunião contou, também, com a presença do empresário Sandro Mota, proprietário do Restaurante e Pizzaria Dom Mani, no painel de investidores, que apresentou os investimentos realizados e as práticas sustentáveis implantadas em áreas como reciclagem, inovação e tecnologia.
Ascom PMS