Processo não altera diplomação dos candidatos eleitos no Pará a ocorrer nesta quarta (21), diz TRE/PA
O Ministério Público Eleitoral (MPE) ingressou junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE/PA), na noite de terça-feira (20), com uma representação contra o senador eleito pelo Pará, deputado federal Beto Faro (PT), por captação ilícita de sufrágio (compra de votos de eleitores), nas eleições 2022. A ação também alcança outras quatro pessoas.
No processo, são relacionados ainda Josenir Nascimento (1º suplente de Beto Faro), Leny Campêlo (2º suplente), Luiz Fernando Lisboa e Octávio Augusto Pacheco. Procurado, o MPF informou que não poderia dar detalhes sobre a representação, porque ela está sob sigilo.
Porém, o Grupo Liberal confirmou informação divulgada, inicialmente, por um portal local, de que o caso envolve suposta compra de votos por meio de ticket alimentação. A proposta ilícita teria sido feita a Faro por diretores de uma grande empresa que tem contratos com o governo do Pará e um grupo de WhatsApp do Instituto de Gestão Previdenciária do Pará (Igeprev), com a promessa de aumentar de 500 a 800 mil os votos no candidato petista.
A denúncia chegou ao MPE através de uma pessoa que participou de uma das reuniões para discutir o assunto e gravou a conversa, já periciada pela Polícia Federal.
De acordo com dados que constam no sistema de Consulta Pública Unificado do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a distribuição do processo ocorreu por sorteio, tendo sido definido como relator o Juiz Auxiliar Marcus Alan de Melo Gomes.
O TRE/PA informa que essa representação não altera a diplomação dos eleitos, agendada para esta quarta-feira (21), às 17 horas, no Hangar. O processo será instruído a partir de 2023, já que os prazos processuais estão suspensos. A Secretaria Judiciária do TRE observa que, independentemente da sentença no regional, o caso estará passível de recurso ao TSE, em Brasília (DF).
A Reportagem Integrada do Grupo Liberal aguarda um posicionamento do deputado federal Beto Faro sobre o assunto. Ele foi eleito ao Senado em outubro após obter 1.781.582, o que corresponde a 42,55% dos votos válidos. Com isso, ficará no lugar ocupado por outro petista, Paulo Rocha, que deixa o cargo após completar oito anos de mandato. Segundo colocado, Márcio Couto obteve 1.485.453 votos.
O Governo do Estado, citado na matéria, também foi procurado para apresentar seu posicionamento sobre o caso.
Fonte: O Liberal