O Hospital Regional do Baixo Amazonas reativou o projeto Gameterapia dois anos após o início da pandemia
Após dois anos de paralisação por causa da pandemia da Covid-19, o Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA), unidade de saúde pública do Governo do Pará, reativou, esta semana, o projeto Gameterapia. O tratamento utiliza videogame para auxiliar na recuperação de crianças e adolescentes internados.
De acordo com especialistas, a interação com os jogos estimula a atividade cerebral, facilita a aceitação ao tratamento proposto, reduz gastos com outras terapêuticas, retira o foco da dor, melhora o humor, permite reabilitação motora e ajuda na coordenação motora e memória do paciente.
Samara Klaim, terapeuta ocupacional da unidade, explica que ao ser internada, a pessoa sofre uma ruptura na rotina. “A gameterapia visa justamente minimizar o estresse e a ansiedade neste período de hospitalização. A adesão tem sido muito boa, vemos que as crianças estão realmente engajadas na atividade e já observamos melhora na recuperação”, destaca a profissional.
A paciente Tayla de Cássia Gonçalves, de 14 anos, faz tratamento contra leucemia, e gosta de jogos de aventura. “Achei muito divertido, ajuda a passar o tempo e me distrair. Traz leveza para o ambiente do hospital. Gostei muito”, compartilha.
Com a reativação da atividade, lançada em 2016, a gameterapia é realizada duas vezes por semana, às terças e quintas-feiras. Participam da atividade, pacientes aptos, após análise dos aspectos clínicos, por parte da equipe médica e multiprofissional.
Antes, essa ferramenta funcionava em uma sala específica, onde as crianças se reuniam. “Decidimos então adaptar, para seguir as recomendações de segurança deste período pandêmico e poder fazer a atividade chegar até os pacientes que tem dificuldade de locomoção ou que não podem deixar seus leitos. Para isso, fizemos a gameterapia móvel, que vai até os nossos pacientes”, destaca a supervisora de Humanização, Patrícia Nogueira.
A atividade reforça a humanização na assistência em saúde, um dos valores disseminados pela entidade filantrópica Pró-Saúde, que administra o HRBA desde 2008.
“Nossa missão vai além de prestar uma assistência segura e resolutiva. Queremos que a passagem dos pacientes pelo HRBA seja tranquila e que recebam tratamento humanizado agregando qualidade de vida e contribuindo efetivamente para uma recuperação mais rápida”, destaca o diretor Hospitalar, Hebert Moreschi.
Referência em atendimentos de média e alta complexidades para 1,4 milhão de pessoas residentes em 30 municípios da região do Baixo Amazonas, Oeste do Pará e Xingú, o Hospital Regional do Baixo Amazonas presta atendimento 100% gratuito, via Sistema Único de Saúde (SUS), e está entre os melhores do país.
Ascom HRBA