Operação Sorriso realiza atendimento as crianças com fissura labiopalatina

Organização visa atender cerca de 100 famílias e operar mais de 50 pacientes.

Os atendimentos para o procedimento cirúrgico reparador iniciaram no último domingo, 8, na Escola Municipal de Ensino Fundamental Fluminense. A ação é organizada pela Operação Sorriso, em parceria com a Prefeitura de Santarém, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) e do Centro de Referência de Saúde da Criança. A expectativa é receber cerca de 100 famílias e operar mais de 50 crianças com fissura labiopalatina.


A primeira etapa dos atendimentos é a triagem, realizada pelo Centro de Referência de Saúde da Criança. Em seguida, nesta segunda, 9 de maio está sendo feita a montagem do mapa e do centro cirúrgico (definição dos pacientes que serão operados e em quais dias). As cirurgias acontecerão no hospital e maternidade  Sagrada Família,  entre os dias 10 e 14 de maio.


O coordenador de comunicação da Operação Sorriso, Guilherme Wieczorek, ressalta a importância da cirurgia na infância. “Uma criança que não faz a cirurgia na idade adequada sofre com a alimentação, há casos de crianças que sofrem de desnutrição por causa da fissura. A fala da criança e o desenvolvimento também é afetado, pois, muitas dessas crianças tendem a se afastar da escola, dificultando a alfabetização delas. Além disso, pessoas com fissura labiopalatina sofrem muito preconceito. Então, o nosso trabalho é trazer o bem-estar e a qualidade de vida por meio da cirurgia, da criação de um sorriso”, ressalta.


Davi Nascimento foi atendimento na primeira missão da Operação Sorriso quando tinha apenas 7 meses. Hoje ele tem 16 anos e conta o impacto da cirurgia na sua vida. “Em 2007 fiz a operação do palato, essa cirurgia mudou a minha vida completamente, porque quando eu era criança e minha mãe ia me alimentar, por conta de eu não ter o céu da boca, a comida saia pelo meu nariz. Então, a cirurgia possibilitou que eu tivesse não só uma estética melhor, mas uma qualidade de vida melhor. E eu pude de certa forma me encaixar na sociedade, porque querendo ou não, a criança que nasce com essa condição sofre com o complexo de inferioridade, se sente diferente e incapaz. A Operação Sorriso resgata a nossa autoestima e mostra que nos somos iguais, com a cirurgia nossa vida fica mais leve e confortável,” finaliza.

A Gestora da Pasta, Vânia Portela, agradeceu a equipe e todo o trabalho realizado. “Estamos muito felizes por receber mais uma vez a Operação Sorriso, essa organização que muda a vida de tantas crianças, sabemos que não é apenas uma cirurgia, mas a realização de um sonho. Tudo isso é possível por conta muitos esforços, muitas parcerias, através de uma equipe multiprofissional que vai garantir um sorriso e proporcionar uma qualidade de vida para essas crianças. A casa da criança acompanha o pré e pós-operatório isso nos enche de orgulho”, declarou.  

Operação Sorriso:


Colocar um sorriso novo e transformar a vida das crianças é o objetivo da Operação Sorriso, uma organização médica sem fins lucrativos que realiza atendimentos e cirurgias gratuitas em pessoas nascidas com fissuras faciais, como fissura labial e fenda palatina. A instituição foi fundada na cidade de Norfolk, na Vírginia, Estados Unidos, em 1982, e realiza missões em todos os cantos do mundo.


Em 2022, a organização completa 15 anos de atuação na cidade de Santarém. O trabalho começou em 2007 e, desde então, 2.173 famílias já foram atendidas e 899 pessoas operadas. “Somos precursores no tratamento das fissuras labiopalatinas em Santarém. Mesmo após tantos anos, ainda enxergamos uma grande demanda na região. Nessa missão especificamente vamos ter o paciente número 900, essa marca é muito significativa para gente”, explica Cristina Murachco, diretora executiva da ONG no Brasil.


A Operação Sorriso Brasil conta com voluntários em diversas áreas de atuação, dentre eles cirurgiões plásticos, fonoaudiólogos, odontólogos, pediatras, anestesistas, psicólogos e assistentes sociais. Além do atendimento cirúrgico, o paciente é acompanhado também após a cirurgia, especialmente por fonoaudiólogo e odontólogo.

Ascom PMS