No dia do infectologista, especialista do HMS fala sobre a pandemia e o papel da profissão

Foto: Ascom HMS

Hoje (11) é comemorado o dia nacional dos profissionais que foram considerados um dos mais importantes durante a “explosão” da covid-19 – a data celebra os infectologistas. Esses especialistas estão entre as categorias médicas que mais trabalharam nesse período pandêmico, intercalando horas exaustivas em hospitais. Na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24h de Santarém foram presença constante ao cuidarem dos pacientes com vírus, paralelo ao atendimento no Hospital Municipal de Santarém Dr. Alberto Tolentino Sotelo para outras doenças infecciosas.

Foram eles que se tornaram referência na mídia santarena e brasileira para explicar sobre a Covid-19, pois diante dos estudos constantes buscavam implantar os protocolos de atendimento a cada sintoma ou novidade que o vírus evidenciava. Para o infectologista do HMS, Dr. João Assy, o grande desafio foi guiar e orientar os profissionais da saúde e a população diante do novo coronavírus, por serem a referência técnica.

“Nós aprendemos muito no decorrer da pandemia e um dos grandes ensinamentos é exatamente essa credibilidade que a infectologia recebeu para poder orientar o tratamento e diagnóstico frente a uma doença infecciosa nova como foi o caso do covid”, afirmou.

Ele conta ainda que houve uma união de todos os infectologistas da cidade para atender as demandas dos Hospitais locais, principalmente nas Unidades que se tornaram referência para o atendimento da doença. “Os protocolos foram sempre unificados e trabalhados em equipe. Os mesmos protocolos que se usavam no Hospital de Campanha, se usavam na UPA e no Hospital Municipal e também no Regional”, disse.

Embora esses profissionais tenham tristes relatos do que foi atuar diante desse vírus, ficou, após a chegada da vacina, o sentimento de vitória de tantas vidas salvas. Entre tantos heróis, os infectologistas receberam e recebem toda a homenagem. Pois acreditaram fielmente na ciência e não deixaram cumprir o juramento de não desistir diante de uma vida humana.

“Queremos valorização, porque o que a gente viu na pandemia foi muito amadores que nunca pararam para sentar e ler um livro querendo dar opinião de como se trata uma doença infecciosa”, endossou Assy.

Atuação da infectologia no HMS

Contudo, a Infectologia é uma especialidade bastante ampla da Medicina. Mas, quais outras doenças tratam esses especialistas? Os médicos nesta área da saúde são responsáveis por pesquisar, diagnosticar e tratar doenças infecciosas e parasitárias. Eles podem atuar em áreas de Vigilância Epidemiológica, Vigilância Sanitária, programas de gestão de saúde e em um serviço fundamental em todos os hospitais: o de Controle de Infecção Hospitalar.

No HMS, a equipe é composta por cinco médicos infectologistas, que são, Dr. João Assy, Dr. Alisson Brandão, Dra. Isadora Calderaro, Olivia Pinheiro e Dr, Fernando Toscan.

“A gente está aqui no Hospital todos os dias e atendemos sobre demanda dos médicos plantonistas. Nós temos nossos leitos de internação, trabalhamos no controle de infecção hospitalar dando assessoria para direção geral e técnica. A gente tem o nosso ambulatório ligado ao HMS, dos pacientes que estão internados e precisam de acompanhamento”, esclareceu.

Entre os atendimentos da referida equipe está também para as pessoas que chegam após algum acidente com animais peçonhentos. De janeiro até março, esses especialistas atenderam 157 pacientes por ofidismo ou escorpionismo. Esse perfil de tratamento tornou o HMS referência para região oeste do Pará.

História da data comemorativa

A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) instituiu a data em alusão ao nascimento de Emílio Ribas, renomado infectologista atuante no campo das doenças infecciosas e pioneiro no estudo e cura das insetologias no país. Em 2006 foi, pela primeira vez, comemorado o “Dia Nacional do Infectologista”.

Ascom HMS