Técnicos da Adepará alertam produtores da Transamazônica e Xingu sobre a prevenção contra praga do cacaueiro

Evento discute também linhas de financiamento, energia rural, implantação de cooperativas e liberação de créditos para projetos
Foto: divulgação

Servidores da Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará) participaram nesta semana do I Seminário Integrado de Atividades Produtivas da região do Xingu, que está sendo realizado em Altamira, no sudoeste do estado. 

O evento é promovido pela Associação dos Municípios do Consórcio Belo Monte, do qual fazem parte  13 municípios da região da Transamazônica e Xingu. O objetivo foi debater temas de interesse dos atores envolvidos na produção agropecuária da região e ouvir as demandas de produtores rurais, trabalhadores e o setor público com o intuito de promover o crescimento do setor produtivo da região.

Temas ligados à agricultura e ao meio ambiente foram apresentados por palestrantes de diversas instituições. Na quinta-feira (07), a diretora do Departamento de Defesa Vegetal, Lucionila Pantoja Pimentel e o fiscal estadual agropecuário Cássio Polla, da Unidade de Sanidade Agropecuária de Vitória do Xingu, abordaram as “Ações preventivas para a entrada da Moniliophthora roreri no Estado do Pará”. A Monilíase do cacaueiro é uma doença que pode trazer grandes prejuízos para a cacauicultura e por isso são necessárias medidas sanitárias para prevenir a entrada da praga no estado.

Os técnicos alertaram para a necessidade de notificar rapidamente a Adepará, que é o órgão de defesa sanitária do estado, em caso de suspeita da praga. O cacau da Amazônia tem o diferencial da diversidade genética, tem a maior produtividade por hectare do mundo, e é cultivado dentro do âmbito da sustentabilidade envolvendo quase na sua totalidade agricultores familiares. Das cadeias produtivas paraenses é uma das mais importantes.

“Por todos esses aspectos, o alerta fitossanitário para a Monilíase do cacau é fundamental no sentido de que os envolvidos na cacauicultura conheçam a praga, seus impactos econômicos,  sociais e ambientais, os protocolos sanitários de prevenção à entrada da Moniliophthora roreri e as atividades de defesa e vigilância que a Adepará vem desenvolvendo no território paraense e na região Norte. O cadastramento de todos os produtores de cacau, no sistema da Adepará,  é condição sine qua non para o planejamento, implementação e execução de programas fitossanitários voltados para a cultura do cacau”, explicou Lucionila Pimentel, diretora de Defesa e Inspeção Vegetal da Agência.

O evento, que termina nesta sexta-feira (08), discute também linhas de financiamento, energia rural, implantação de cooperativas e liberação de créditos para projetos e reúne além da Adepará, representantes da Sedap, Sedeme, Emater, Sefa e Equatorial. 

Texto: Rosa Cardoso/Ascom Adepará

Agência Pará