Segundo a polícia em Marabá, duas crianças foram entregues ao Conselho Tutelar, enquanto o menino de 13 anos foi devidamente apreendido por ato infracional análogo a Homicídio
O velório do corpo do pequeno Júlio Henrique Brito de Miranda, de apenas 5 anos acontece na manhã desta sexta-feira (18) no bairro Laranjeiras, núcleo Cidade Nova, em Marabá no sudeste paraense. O corpo de Júlio Henrique de Miranda foi encontrado na manhã desta quinta (17), às margens de uma represa. Três meninos entre 13 e 9 anos, são os suspeitos de terem matado a criança.
Segundo os militares, as crianças estavam brincando de peteca (bolinha de gude), quando houve um desentendimento entre eles. Os meninos combinaram de ir para essa represa. Ainda segundo os militares, no local, Júlio Henrique foi espancado pelo menino de 13 anos, que usou um fio de celular e de energia.
A mãe de duas das três crianças suspeitas de torturaram até a morte o menino de 5 anos nesta quinta-feira (16), disse que acredita que seus filhos sejam inocentes.
Segundo ela, os meninos de 9 e o outro de 13 anos, nunca mostraram agressividade suficiente para cometer um crime tão cruel quando a morte de Júlio Henrique, amarrado, torturado e jogado em um rio.
Veja também!
Crianças matam garoto de 5 anos na zona rural de Marabá
Menores contam detalhes sobre a morte de criança em Marabá
“Nunca se mostraram agressivos”, diz mãe de suspeitos. Ouça!
A Superintendência de Polícia Civil de Marabá está acompanhando o caso. De acordo com nota divulgada pela entidade. “A polícia militar apresentou na unidade policial três menores de idade de, respectivamente 09, 11 e 13 anos, apontados como responsáveis pelo assassinato do também menor Júlio Henrique Brito de Miranda, criança de 5 anos, na Vila Capistrano de Abreu, zona rural de Marabá”.
“Segundo restou apurado, os três, após agredirem a vítima, o arremessaram dentro de uma represa causando assim sua morte. Há suspeitas ainda de ato infracional assemelhado a estupro, visto que a vítima estava nua no momento em que foi encontrada”.
“As duas crianças foram entregues ao Conselho Tutelar, enquanto o adolescente foi devidamente apreendido por ato infracional análogo a Homicídio. A vítima foi encaminhada ao IML para fins de necropsia com verificação de indicativos de tortura, bem como exame sexológico forense para se verificar a ocorrência de abuso sexual”.
“Por fim, segundo informado pelos próprios menores, a motivação das agressões seria a discussão por conta de uma brincadeira de bolinha de gude. No entanto, essas alegações serão melhor apuradas para se verificar a real motivação da violência”, finaliza a nota.
Veja abaixo a declaração do delegado Vinícius Cardoso, superintendente da 10ª Risp Carajás, que acompanha o caso:
Fonte: DOL Carajás